terça-feira, 27 de julho de 2021

Ladino versus sabido

 

A política piauiense, na atualidade, encontra-se nas mãos de dois políticos adestrados para um tipo de política que só favorece aos mesmos. Dois políticos que durante muitos anos mantinham uma parceria que lhes era interessante. Estamos nos referindo ao governador Wellington Dias e ao senador Ciro Nogueira. Uma parceria vista com reserva pelos petistas orgânicos e fundadores (puristas) que não concebiam uma parceria entre petistas e progressistas, haja vista, o presidente do Partido Progressista (PP), ter sido um dos principais articuladores e apoiadores do impedimento da presidenta Dilma Rousseff.  

Mas, o governador Wellington Dias, movido por um pragmatismo que lhe interessa particularmente, até mesmo agora quando Ciro Nogueira fala abertamente sobre sua pretensão de disputar à sucessão estadual e já o elegeu, o Partido dos Trabalhadores (PT) como o seu principal e único adversário, continua ignorando a pré-candidatura desse senador progressista e se nega a romper com o PP em nível estadual. O que para muitos petistas está sendo visto como uma jogada política do governador que sabendo da enorme dificuldade do PT em vencer a eleição de 2022, passou a se preocupar unicamente com o seu projeto de retorno ao Senado e espera contar com os votos e o apoio constrangido de deputados federais e estaduais do PP.  

O governador Wellington Dias, já lançou a pré-candidatura de Rafael Fontelles e anda a tiracolo pelo interior do estado com o seu secretário de Fazenda, como quem realmente está empenhado nessa pré-candidatura, mas, os céticos desconfiam desse empenho do governador por uma candidatura própria, porque o Piauí inteiro sabe que esse pré-candidatura não tem como se firmar, haja vista, o longo tempo de permanência do PT no governo do estado. Já são quase 20 anos de sucessivos governos petistas e pasmem! Só Wellington Dias, já acumula quatro mandatos, com um pequeno interregno, representado pelo governo do “socialista” Wilson Martins, uma cria desse governador petista.

A bem da verdade, convém lembrar que Wellington Dias, nunca se empenhou em trabalhar um nome no Partido dos Trabalhadores (PT) que não fosse o seu próprio nome para sucedê-lo. Quando o PT vivia um grande momento e que elegeria até um poste, Wellington Dias ao invés de tentar eleger um petista optou por investir num nome de fora do PT. Foi esse o caso da eleição de Wilson Martins.  Wilson Martins que no auge do Programa de Aceleração do Crescimento foi o seu coordenador estadual.  Na realidade, Wellington Dias, guarda alguma semelhança com o senador Ciro Nogueira e vice-versa no fazer político.

Ciro e Wellington são dois políticos com vocações para o caciquismo e o coronelismo político. Nada de novo no front com o PT e PP numa disputa pelo governo estadual. A propósito: Ciro Nogueira acaba de divulgar através da sua conta no Twitter que aceitou o convite de Bolsonaro para ser ministro Chefe da Casa Civil.

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