O presidente da república, Jair Messias Bolsonaro anda com um pé atrás, como se diz na gíria, com o ministro Chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira, que foi escolhido para esse importante ministério, por ser presidente nacional do Partido Progressista (PP) e porque é visto como um político hábil e bom negociador, mas que ainda não passou no teste. Ciro Nogueira que num curto espaço de tempo, já amargou duas derrotas: a primeira, a derrota do governo na Comissão Especial que rejeitou o voto impresso por 23 votos contra a PEC 135/19 e 11 a favor. A segunda derrota sofrida por Ciro Nogueira e o seu governo, foi a derrota da PEC do Voto Impresso no Plenário da Câmara Federal, também por um placar elástico.
Agora, o que mais incomodou Bolsonaro, a sua família e o seu entorno político, foi o fato do partido controlado pelo ministro Chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira não ter fechado questão com relação ao voto a favor da PEC 135/19 e ainda por cima, o fato do presidente em exercício do Partido Progressista (PP), o parlamentar maranhense, André Fufuca, ter ainda se ausentado do plenário para não votar pela aprovação da PEC do voto impresso. Não é preciso ser um cientista político ou um jornalista político com larga experiência no métier político, para perceber que Ciro Nogueira não passou nos primeiros testes como um ministro capaz de articular bem e defender os interesses do governo que representa e a que serve.
O senador licenciado e agora ministro Ciro Nogueira, nunca foi um político com dimensão política para assumir um papel tão importante como o de ministro de estado. O deputado Ciro Nogueira (PP-PI) que é conhecido no Congresso Nacional pelo apelido de "príncipe do baixo clero", que ganhou pelo bom trânsito com os deputados de menor expressão dentro do Congresso Nacional. O mesmo pode ser dito com relação ao desempenho de Ciro Nogueira no Senado, onde a maioria dos senadores são políticos que já passaram pela experiência de governarem os seus respectivos estados e também pelas suas passagens pela Câmara Federal.
No seu estado, os jornalistas piauienses acreditam que Ciro Nogueira como ministro do governo Bolsonaro, terá um desempenho sofrível, igual ou pior até do que o desempenho do seu conterrâneo Marcelo Castro (MBD-PP), como ministro da Saúde do Governo Dilma Rousseff. Marcelo Castro que sempre se destacou como um parlamentar que sempre gravitou no entorno dos governos e sempre ladeou as maiores lideranças políticas brasileiras.
Um novo fracasso de Ciro Nogueira como articulador político do governo Bolsonaro, junto ao Congresso Nacional e ao Poder Judiciário, poderá decretar o fim da sua aventura como ministro de estado. Quem viver verá!
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