sexta-feira, 26 de novembro de 2021

Sintonia Fina 26/11

 

Algum propósito o ex-juiz federal Sérgio Moro tem. Seja qual for a intenção do ex-magistrado Sérgio Moro, esse ex-coordenador da Operação Lava Jato, merece ser ouvido com muita atenção, por tudo que ele fez por este país no tocante à pelo menos reduzir a níveis toleráveis a corrupção endêmica e sistêmica que assola o Brasil. Como acontece nos países da zona do Euro e os EUA. Moro aceitou ser ministro de Bolsonaro, por dois motivos: primeiro por acreditar que poderia apoiar e impedir que a Operação Lava Jato fosse assassinada por asfixia, como acabou acontecendo. Segundo, porque caso o Partido dos Trabalhadores (PT), voltasse ao poder, a perseguição contra a Operação Lava Jato e os seus integrantes seria violenta. Moro é uma pessoa bem-intencionada!

Os erros do Partido dos Trabalhadores

O Partido dos Trabalhadores (PT) se ao chegar ao poder tivesse se mantido fiel aos princípios e valores que defendeu nos seus primórdios, não teria sido apeado do poder pelo centrão, capitaneado por Michel Temer que as torcidas do Flamengo e do Corinthians e o país inteiro sabiam que o vice-presidente do país tramava o impedimento da presidenta Dilma Rousseff. Por ingenuidade e movido pelo desejo de concluir o seu projeto de 20 anos de poder consecutivo, as principais lideranças desse partido não mediram às consequências ao atraírem para o governo petista, políticos como o próprio Michel Temer, Ricardo Barros, Valdemar da Costa Neto, Geddel Vieira Lima, Romero Jucá, Ciro Nogueira, Roberto Jefferson (O Bob) e outros políticos menos ladinos. O Menslão e o Petrolão, foram criados para viabilizar o ambicioso projeto político do PT. Insisto: sem que o PT faça uma mea culpa e passe por um processo de refundação, dificilmente esse partido que já alimentou o sonho e a esperança de milhões de brasileiros na construção de um país decente, voltará ao poder. Quem viver verá!

A terceira via é Moro

Nenhum dos pretensos candidatos à presidência da república, todos incluídos, tem envergadura moral para disputar e ocupar a presidência da república, exceto Moro. Porque digo isso: ocorre que não existe nada do ponto de vista moral ou ético que desabone o pré-candidato Sérgio Moro. Se existe algo que manche a rica biografia desse ex-juiz federal, é a sua rápida passagem pelo governo Bolsonaro. Uma passagem que Moro vive dizendo que dela não se envergonha, porque só aceitou o convite de Bolsonaro para ser ministro da Justiça e Segurança Pública, por acreditar naquele exato momento que poderia fazer algo pelo seu país e proteger a Operação Lava Jato dos seus potenciais algozes. Uma preocupação com a Lava Jato que se revelou justificável.   

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