terça-feira, 3 de dezembro de 2013

A via crucis do Partido dos Trabalhadores está começando

A bela história da construção do Partido dos Trabalhadores (PT), iniciada no fim da década de 70 e que culminou com sua criação em 1980, fruto do movimento sindical da região do ABCD paulista, com a condenação, prisão e renuncia de mandatos dos mensaleiros, caminha para um fim melancólico e trágico.

Quando me vem à memória um encontro promovido pela Ação Católica Operária (ACO), no município de Barra Mansa (RJ) no ano de 1979, com o apoio de Dom Waldir Calheiros (morto recentemente), bispo de Volta Redonda, onde foi colocada em discussão a criação do PT, haja vista, o fortalecimento do movimento sindical brasileiro e desse encontro saiu uma decisão favorável à sua criação; hoje já passado mais de três décadas desde a fundação de um partido que se propunha ser revolucionário, eu sinto uma grande frustração e desencanto com o rumo que o PT tomou.

O PT foi criado, cresceu e ganhou musculatura e chegou até a presidência da república em 2002, com a eleição de Luís Inácio Lula da Silva, que depois de eleito passou a ignorar o importante papel desempenhado pela Igreja Católica na criação de um partido feito por trabalhadores cristãos, para promover uma mudança radical na política brasileira, mas não foi isso que aconteceu.

Hoje, o distanciamento do PT da Igreja Católica e da classe operária é abissal, porque Lula e às novas lideranças do PT optaram por seguir novos caminhos e a ter como companheiros de jornada, políticos que o PT original esperava ver banido da cena política nacional, como Paulo Maluf, Jader Barbalho, Valdemar da Costa Neto, Renan Calheiros, Henrique Eduardo Alves, Romero Jucá, Sérgio Cabral e Eduardo Cunha.

O pedido de renuncia que acaba de enviar ao presidente da Câmara Federal, o agora ex-deputado federal José Genoino, após ter sido condenado e preso, desabona e deprecia um partido que se propunham antes de chegar ao poder expurgar da vida nacional, políticos corruptos, caciques e os coronéis.   

Nenhum comentário: