domingo, 26 de abril de 2020

A crise sanitária é necessariamente uma crise social ou vice-versa

As medidas de confinamento para barrar o contágio pelo Covid-19 têm deixado o Vaticano vazio, mas nem por isso o Papa Francisco deixa de cumprir os rituais religiosos.

O líder da igreja católica presidiu a celebração deste domingo a partir da sua residência, na Casa de Santa Marta, e lembrou que a crise atual não é uma simples crise de saúde pública.

O argentino rezou "pelas pessoas que sofrem de tristeza... porque estão sós, ou porque não sabem o que o futuro lhes reserva, ou porque não conseguem suportar as famílias, ou porque não têm dinheiro, ou porque não têm trabalho."

Na França, o número de pessoas que precisa de ajuda para comer aumentou durante a epidemia e há quem passe horas numa fila para conseguir comida para a família.

Para o autarca de Clichy-sous-Bois (localidade), nos arredores de Paris, "a crise sanitária é também uma crise social nos bairros populares" uma vez que "ficar em casa e deixar de trabalhar acentua as dificuldades".
Para fazer face à essa situação, o governo francês já anunciou um plano de ajuda alimentar aos mais necessitados no valor de 39 milhões de euros. Com euronews

A pessoa não precisa entender de economia e finanças para saber que o confinamento ou isolamento social que impede o trabalhador de produzir e o consumidor de consumir, acaba paralisando a atividade econômica - e isso fatalmente acabará produzindo uma recessão econômica e consequentemente o agravamento da crise social. Ocorre que neste momento, os governantes estão diante de um dilema de difícil solução, porque se eles relaxarem irresponsavelmente as restrições recomendas pela OMS e o número de pessoas infectadas e mortas aumentarem, uma situação que já era muito tornar-se-á muito mais grave ainda. É como costuma-se  dizer: “Se correr o bicho pega e se ficar o bicho come”.  

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