Trabalhar para reduzir a pobreza é um dever de todo gestor público, mas
isso não lhe dá um salvo conduto para paralelamente desviar recursos públicos
para suas contas bancárias. O governante que age assim, é um apologista do
bordão: "Rouba, mas faz", usado pelo governador do estado de São
Paulo, Ademar de Barros.
Todo governante deve ser como a mulher de Cesar: “A
mulher de César não basta ser honesta, deve parecer honesta”.
Vamos
conhecer um pouco de história romana. “A
estória é bastante conhecida. Decorria, em casa de Júlio César, no dia 1 de maio
do ano 62 a.C., a festa da Bona Dea “Boa deusa”, uma orgia báquica,
reservada exclusivamente às mulheres. A celebração fora organizada por Pompeia
Sula, segunda mulher de Júlio César, ao que consta, uma mulher jovem e muito
bela.
Acontece
que Publius Clodius, jovem rico e atrevido, estava apaixonado por Pompeia, não
resistiu: disfarçou-se de tocadora de lira e, clandestinamente, entrou na
festa, na esperança de chegar junto de Pompeia. Porém, foi descoberto por
Aurélia, mãe de César, sem que tivesse conseguido os seus intentos.
Nesse
mesmo dia, todos os romanos conheciam a peripécia e César decretou o divórcio
de Pompeia. Mas César não ficou contra Publius Clodius, chamado a depor como
testemunha em tribunal, disse que nada tinha, nem nada sabia contra o suposto
sacrílego. Foi o espanto geral entre os senadores: “Então porque se divorciou
da sua mulher? ”. A resposta tornou-se famosa: “A mulher de César deve estar
acima de qualquer suspeita”.
Na política nacional, a maioria dos nossos
governantes não são honestos e tampouco se preocupam em parecer honestos aos
olhos dos cidadãos. É muito comum no Brasil nos depararmos com riquezas acumuladas
por políticos durante o tempo que passaram como gestores públicos, de chamar a
atenção de qualquer pessoa. Muitos deles, pobres de marré de ci, paupérrimos ao assumirem governos municipais,
sobretudo. Desnecessário dizer que enriqueceram no exercício do mandato e do
cargo. Esses são os corruptos, um eufemismo, porque na realidade eles são é ladrões
do bem público.
Político corrupto (ladrão) no Brasil é como erva
daninha que brota em qualquer terra árida e
que pode interferir de maneira negativa em locais de agricultura. A propósito:
se todo dinheiro roubado pelos corruptos que atuaram e operaram o Mensalão e o
Petrolão fossem recuperados na sua integralidade, o país disporia de uma soma
fabulosa de recursos para serem usados em socorro de brasileiros que perderam
suas fontes de rendas com a decretação do isolamento social.
Nenhum comentário:
Postar um comentário