segunda-feira, 27 de abril de 2020

Todo governante deveria ser como a mulher de Cesar


Trabalhar para reduzir a pobreza é um dever de todo gestor público, mas isso não lhe dá um salvo conduto para paralelamente desviar recursos públicos para suas contas bancárias. O governante que age assim, é um apologista do bordão: "Rouba, mas faz", usado pelo governador do estado de São Paulo, Ademar de Barros.

Todo governante deve ser como a mulher de Cesar: “A mulher de César não basta ser honesta, deve parecer honesta”.

Vamos conhecer um pouco de história romana. A estória é bastante conhecida. Decorria, em casa de Júlio César, no dia 1 de maio do ano 62 a.C., a festa da Bona Dea “Boa deusa”, uma orgia báquica, reservada exclusivamente às mulheres. A celebração fora organizada por Pompeia Sula, segunda mulher de Júlio César, ao que consta, uma mulher jovem e muito bela.
Acontece que Publius Clodius, jovem rico e atrevido, estava apaixonado por Pompeia, não resistiu: disfarçou-se de tocadora de lira e, clandestinamente, entrou na festa, na esperança de chegar junto de Pompeia. Porém, foi descoberto por Aurélia, mãe de César, sem que tivesse conseguido os seus intentos.
Nesse mesmo dia, todos os romanos conheciam a peripécia e César decretou o divórcio de Pompeia. Mas César não ficou contra Publius Clodius, chamado a depor como testemunha em tribunal, disse que nada tinha, nem nada sabia contra o suposto sacrílego. Foi o espanto geral entre os senadores: “Então porque se divorciou da sua mulher? ”. A resposta tornou-se famosa: “A mulher de César deve estar acima de qualquer suspeita”.

Na política nacional, a maioria dos nossos governantes não são honestos e tampouco se preocupam em parecer honestos aos olhos dos cidadãos. É muito comum no Brasil nos depararmos com riquezas acumuladas por políticos durante o tempo que passaram como gestores públicos, de chamar a atenção de qualquer pessoa. Muitos deles, pobres de marré de ci, paupérrimos ao assumirem governos municipais, sobretudo. Desnecessário dizer que enriqueceram no exercício do mandato e do cargo. Esses são os corruptos, um eufemismo, porque na realidade eles são é ladrões do bem público.

Político corrupto (ladrão) no Brasil é como erva daninha que brota em qualquer terra árida e que pode interferir de maneira negativa em locais de agricultura. A propósito: se todo dinheiro roubado pelos corruptos que atuaram e operaram o Mensalão e o Petrolão fossem recuperados na sua integralidade, o país disporia de uma soma fabulosa de recursos para serem usados em socorro de brasileiros que perderam suas fontes de rendas com a decretação do isolamento social.

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