quinta-feira, 12 de novembro de 2020

Sintonia Fina

 

A popularidade do presidente da república Jair Bolsonaro, alavancada através do auxílio emergencial, durou pouco e as últimas pesquisas apontam uma queda abrupta nessa popularidade. Ocorre que aqueles que confiaram no candidato à presidência da república Jair Messias Bolsonaro aos poucos estão se desiludindo com um político que usou um discurso nos palanques, mas que não assumir o poder age completamente diferente daquilo que pregou e defendeu nos comícios e nos encontros com admiradores e com pessoas que estavam querendo mudar. Mudar de qualquer jeito, sem pensar nas consequências de uma mudança só na forma, mas não no conteúdo.

 

Um vice-presidente da república muito obediente

 

O vice-presidente da república, o general da reserva Hamilton Mourão vem sendo continuamente desautorizado pelo presidente da república Jair Messias Bolsonaro, toda vez que sua manifestação contraria o seu chefe. Com um bom soldado que segue rigidamente a hierarquia, Hamilton Mourão por inteligência ou por entender que ainda não é a hora de ele se rebelar contra o seu presidente, pondera tudo que ouve do presidente sem revelar a sua insatisfação para com a atitude de Bolsonaro que não tem nenhum pudor na hora de enquadrar os seus subordinados. Hamilton Mourão se fosse um ministro do governo Bolsonaro, já teria tido o mesmo destino dos generais Santos Cruz e Otávio do rego Barros. Para ficar só nos mais conhecidos. Mas, eis que vai chegar a hora em que Mourão vai se rebelar e cantar em outra freguesia. Ele entregará o cargo que ocupa e se limitará em ser apenas o vice-presidente da república. A partir daí ele irá se manifestar livremente. Ai a coisa vai pegar para o lado do capitão da reserva. Como diz o velho e surrado ditado popular: “O bom cabrito não berra e quando berra, o faz na hora certa”.

 

Tudo sugere que o presidente Bolsonaro será reprovado nas eleições municipais de 2020

 

As prováveis eleições de Bruno Covas na cidade de São Paulo, Eduardo Paes na cidade do Rio de Janeiro, Alexandre Kalil em Belo Horizonte, Bruno Reis em Salvador, Manuela D'Ávila em Porto Alegre e João Campos em Recife, apontam para a desaprovação do governo Bolsonaro. Uma desaprovação que é um reflexo de uma série de atitudes tomadas pelo presidente da república e que o povo brasileiro desaprova. Assim como o seu herói e líder, o ainda presidente do EUA, Donald Trump, que foi desaprovado pelo povo norte-americano. Uma desaprovação que fatalmente levará Bolsonaro a não emplacar um segundo mandato.

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