O gol é uma meta que todo jogador em campo deve perseguir. Sair jogando para os lados e a para trás, torna o jogo muito previsível, feio, sem objetividade e facilita ao time adversário melhor se posicionar na defesa e se defender. O mundo do futebol abandonou o futebol arte, encarnado por jogadores como Pelé, Garrincha e canhoteiro e abraçou o futebol de resultado que é feio e sem graça. O futebol de resultado.
O futebol brasileiro está passando por uma crise muito séria em termos da baixa qualidade do futebol praticado no país que com o fim dos campeonatos regionais só existe, como se diz, para cumprir tabela, porque não tem como se manter; porque a televisão brasileira na sua ânsia de faturamento, com canais exclusivos de esportes, afugentou o torcedor dos campos de futebol, porque é mais cômodo e seguro assistir jogos de futebol pela televisão.
Fora do eixo Rio-São Paulo e muito quando dos estados do Rio Grande do Sul, Minas e Paraná, o futebol tornou-se inviável. Hoje quem banca os times das regiões, Nordeste, Norte e Centro-Oeste é a Copa do Brasil, as prefeituras municipais e os governos estaduais. Não é incomum nos depararmos com times ostentando nas suas uniformes logomarcas de prefeituras e estados dessas regiões.
Os estados do Ceará, Bahia e Pernambuco tentam se manter vivos nas competições nacionais e regional, mas apenas com uma ou duas equipes. No estado do Ceará: O Ceará Esporte Clube e o Fortaleza Esporte Clube. No estado da Bahia, com o Esporte Clube Vitória e o Esporte Clube Bahia. No estado de Pernambuco, só o Sporte Clube Recife consegue a duras penas se manter na primeira divisão do campeonato brasileiro.
O que fazer para mudar essa realidade que se não for mudada, levará o futebol brasileiro à falência, principalmente o futebol praticado nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e no estado do Espírito Santo? Pouco ou quase nada, porque a televisão brasileira que é quem de fato manda no futebol brasileiro não abrirá mão dos seus negócios vultosos a favor da sobrevivência do futebol, fora das regiões Sudeste e Sul.
A propósito: o futebol amador e de várzea desapareceu a partir que a especulação imobiliária resolveu adquirir todas as áreas onde as crianças e jovens praticavam esportes.
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