Com o derretimento da popularidade do presidente da república, Jair Messias Bolsonanro, um segundo turno entre Lula e Moro não é algo improvável. O ex-coordenador da Operação Lava Jato ao assumir sua pré-candidatura à sucessão presidencial, resgatou um discurso que é seu e que Bolsonaro dele se apossou na eleição de 2018. Apossou é o termo que melhor define a apropriação do discurso moralizante que Sérgio Moro e a sua equipe da Operação Lava Jato sempre defenderam e que Jair Messias sem nenhum pudor, usou e abusou dele na sua campanha e na presidência tratou esse tema com uma indiferença olímpica, ignorou completamente. Uma indiferença justificada, porque Bolsonaro nunca antes havia defendido as bandeiras da moral e da ética em quase 40 anos de carreira política.
Sérgio Moro apareceu com 11% de votos na primeira pesquisa realizada depois que ele se filiou ao Podemos. Não sabemos se esse número vai ser confirmado por outros institutos, mas o fato é que, até a semana passada, Moro era o único candidato que ainda não estava em campanha. O melhor dado para Moro, porém, foi outro: o do segundo turno. De acordo com a pesquisa, ele é o candidato mais bem posicionado contra Lula, com apenas 14 pontos de desvantagem: 45% a 31%.
O que pesa a favor de Sérgio Moro nessa campanha é o fato de ele ter um discurso de campanha muito bem estruturado e que pode ser acrescido de outros itens que façam eco na sociedade brasileira, assim como uma luta sem trégua pela erradicação da miséria.
Falar de corrupção nos palanques de Lula e Bolsonaro é como falar de corda na casa de enforcado. Isso significa nem Lula e nem Bolsonaro tem moral e ética suficiente para combaterem a corrupção. Moro sim, pode!
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