quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

A nossa indiferença me assusta


Vivo sempre observando o comportamento das pessoas; em todos os lugares, a todo instante. Mas o que tem me chamado muito a atenção ultimamente é o comportamento dos motoristas de automóveis nos cruzamentos de ruas e avenidas onde o transito é muito mais intenso e conseqüentemente muito mais lento ou engarrafado. É que esses condutores de veículos a cada dia que passa vão se tornando cada vez mais insensíveis, deixando de comprar os produtos que lhes são ofertados e não atendem os apelos daqueles que humildemente lhes estendem as mãos pedindo algum trocado.

Nesses lugares a presença de vendedores ambulantes e pedintes é em grande número, com cada um deles se virando como pode para angariar alguns trocados: seja vendendo algum tipo de produto, que vai desde acessórios para veículos até um produto cultural. È isso mesmo,um produto cultural como outro qualquer. Quantas vezes você já não se deparou com jovens fazendo malabares nesses cruzamentos? Inúmeras vezes, com certeza! Pois é: os malabaristas são artistas mambembes, geralmente de origem circense.

Essa indiferença que se manifesta a todo o momento e vem aumentando ao longo dos últimos anos, é uma reação própria de um tempo onde a desconfiança, a incerteza, o medo e o egoísmo, fazem parte do nosso cotidiano. É como se cada um de nós, não tivesse nenhum tipo de responsabilidade para com o próximo. E assim caminha a humanidade rumo a um futuro de isolamento, com cada um se transformando numa verdadeira ilha.

No mundo capitalista onde a competição é muito grande e a incerteza com relação ao futuro, praticamente obriga as pessoas a serem mais mesquinhas e individualistas, o ser humano é um ente cada vez mais sozinho e receoso.

Nenhum comentário: