Se o candidato do presidente da república perder a eleição para a presidência do Senado, essa derrota poderá ser depositada na conta de Lula, que das duas uma, ou não se empenhou na campanha do senador Tião Viana ou não tem a liderança que junto ao Congresso Nacional que se supunha.
O presidente Lula que até antes da derrota de Marta Suplicy, na disputa pela prefeitura de São Paulo, era considerado um bom cabo eleitoral, capaz até de eleger um poste, se sofrer mais uma derrota, como essa que está se desenhando na disputa pela presidência do Senado, onde o candidato petista foi jogado as cobras, poderá ao invés de ajudar a provável candidatura do PT Dilma Rousseff, atrapalhar - com o seu pé frio.
A falta de apoio do presidente da república ao candidato do seu partido é muito emblemático, pois revela, todo o pragmatismo de um político que está muito mais focado na manutenção do seu poder do que na lealdade aos princípios defendidos pelo seu partido e na fidelidade aos seus companheiros.
Isso que está acontecendo com o senador acreano Tião Viana, ser abandonado pela maior liderança do PT, já aconteceu com outros nomes do seu partido. Na eleição para prefeito de Teresina, o presidente Lula, disse que só viria pedir votos ao candidato do PT, deputado federal Nazareno Fonteles, caso ele atingisse 35 pontos nas pesquisas. Como isso não aconteceu, Nazareno Fonteles teve apenas que se contentar com uma simples gravação de apoio a sua candidatura.
A política obriga o político a mudar de cara e de princípios. Tudo em nome do famigerado poder. Um poder que é ilusório e transitório.
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