por Arimatéia Azevedo
A cassação de Jackson Lago e sua substituição por Roseana Sarney, no governo do Maranhão, lembram muito a situação vivida por Mão Santa em 2001, no Piauí. O que pode ser agora para a senadora do PMDB o gosto doce da vitória carrega o risco de se transformar no fel de uma derrota em 2010. No Piauí, Hugo Napoleão, o empossado no lugar de Mão Santa, foi derrotado pelo atual governador Wellington Dias, que fez morrer alguns dos esquemas políticos familiares mais antigos da política regional. E o povo, como que dando o troco, deu um mandato de oito anos para o cassado Mão Santa. Roseana corre o mesmo perigo. O único recurso possível a Jackson Lago é o chamado embargo declaratório, que nada mais é do que uma espécie de pedido de esclarecimento da sentença. Fora isso, nada resta a ele, a não ser o papel de vítima que, para quem pôs abaixo uma oligarquia de 40 anos, cai muito bem. O que está mal explicado é não ter havido da parte do TSE a mesma agilidade no tocante aos processos relacionados à suposta corrupção praticada pela candidata Roseana no mesmo pleito. Seria razoável que houvesse a mesma prioridade para os processos da candidata e grande beneficiária da agilidade do tribunal no julgamento de Jackson Lago.Vitória no tapetão soa como derrota do povo, ainda que tenha havido práticas nada republicanas na campanha do cassado. O receio é que ocorra no Maranhão a reedição do tenebroso, corrupto e malfadado governo Vida Nova instalado no Piauí com a cassação de Mão Santa. Os que assumiram foram com tanta sede aos cofres, ao ponto de levar o aparvalhado governador de então a dizer que seus auxiliares estavam de barriga cheia e devidamente locupletados.
Em tempo:
Na foto com a bandeira do Estado do Maranhão, durante um show, o maior humorista brasileiro da nova geração, JoãoClaudio Moreno, indignado com a cassação do governador Jackson Lago. João Claudio Moreno, não é só um grande humorista, ele é também um homem muito inteligente.
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