A política piauiense é uma das mais dinâmicas do Brasil, porque o Poder Executivo vive se alternando. Em 20 anos, já passaram pelo governo do Estado do Piauí, o PMDB, o DEM, antigo PFL e atualmente está nas mãos do PT. E pelo que nos é dado observar, dificilmente o governo permanecerá com o Partido dos Trabalhadores.
Mas se existe alternância no Poder Executivo, no Poder Legislativo, não se pode dizer o mesmo, porque na Assembléia Legislativa do Estado do Piauí, tem deputados com mais de quatro mandatos. Esses são os dinossauros da política piauiense, que por serem eleitos através de currais eleitorais, não se pode esperar que aconteça uma renovação nesse poder. A propósito: nesse aspecto, o Piauí tem tradição, uma vez que o ex-deputado estadual Humberto Reis da Silveira, já falecido, passou 50 anos no parlamento piauiense. Chegando a ser homenageado no Canadá, por tão "brilhante" feito. É que os canadenses não sabem como os nossos deputados, via de regra, são eleitos, porque se soubessem, não teriam cometido tamanha desplante.
O Estado do Piauí têm uma verdadeira "plêiade" de políticos, que acabaram transformando o mandato de deputado numa profissão. Deputados como Leal Júnior, Fernando Monteiro (DEM-PT), Kleber Eulálio (PMDB), Xavier Neto (PR), Warton Santos (PMDB), Wilson Brandão (PSB) e muito outros, se tem outra profissão, com certeza, já cabaram esquecendo.
E até os mais novos, como os deputado Mardem Menezes (PSDB), João de Deus (PT), na vida política, é claro, se depender só das suas vontades, vão envelhecer sendo deputados.
Se os deputados são eleitos através do voto de cabresto, como oxigenar a política piauiense? Se o curral eleitoral é quem elege os deputados estaduais e federais, como se poderá mudar essa triste realidade? Deixando de votar em que pede voto e em contrapartida oferece ao eleitor algum tipo de mimo, de agrado. O voto não é um objeto de troca. O voto é uma arma que todo cidadão deve usar na defesa dos seus direitos.
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