quinta-feira, 29 de outubro de 2009

O dia em que a casa caiu

Quando eu pensava que tudo tinha sido resolvido, eis, que o inesperado acontece. Fui pego de surpresa com uma conversa que iria fazer a minha vida de um momento para outro, mudar radicalmente.

Ainda não refeito de uma noite mal dormida, o mundo desaba sobre mim, que meio grogue, pela decisão que teria que tomar, fiquei preso no chão, sem saber o que fazer e nem para aonde ir.

Serão decisivas as decisões que terei que tomar nas próximas 24 horas. Ainda sem rumo, fico a me perguntar, o que faço agora, se fico ou se vou embora. A decisão é muito difícil, reconheço, mas algo tem quer ser feito, porque há momentos na vida em que não nos resta outra alternativa, que não seja partir para o desconhecido ou seguir sem rumo.

Quem como eu que já viveu todo tipo de aventura, neste momento, percebe o quanto se perde de determinação e ousadia com a idade - que nos arrefece o animo e a vontade de experimentar mais um desafio que nos é imposto pela vida.

A vida para as almas inquietas é um eterno recomeço. [Leão Arouche Neto]

Maria Solidária

Beto Guedes

Composição Fernando Brant e Milton Nascimento


Eu choro de cara suja
Meu papagaio o vento carregou
E lá se foi prá nunca mais
Linha nova que pai comprou...

Dança Maria, Maria
Lança seu corpo jovem pelo ar
Ela já vem, ela virá
Solidária nos ajudar...

Não fique triste, menino
A linha é tão fácil de arranjar
Venha aqui, venha escolher
Papagaio de toda cor...

A casa estava escura
No vento forte a chuva desabou
A luz não vem, eu aqui estou
A rezar na escuridão e só...


Venho no vento da noite
Na luz do novo dia cantarei
Brilha o sol, brilha o luar
Brilha a vida de quem dançar...

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