Num jogo de futebol, a criatividade e a técnica são indispensáveis. Mas um time que joga sem emoção, sem amor a camisa, as suas chances de ganhar são menores, mesmo tendo no seu elenco craques de excepcionais qualidades. O maior exemplo do que estou afirmando - é a seleção Argentina, que a começar pelo seu técnico, transpira amor a camisa, garra e uma vontade muito grande de vencer. Ao contrário da seleção brasileira, quase toda ela formada por jogadores top de linha, mas que não estão colocando os seus corações nos jogos, mas usando muito a razão e se protegendo de alguma lesão, para que os seus futuros não sejam comprometidos. Neste exato momento, os jogadores da seleção canarinho estão com todas as suas atenções voltadas para os prováveis contratos que irão firmar logo após o termino do campeonato mundial, com equipes européias.
O comportamento do treinador da seleção portenha, o ex-jogador Diego Maradona, merece os aplausos, não só povo argentino, mas do mundo inteiro pela maneira como ele trata os seus jogadores e a imprensa mundial. O trabalho excepcional feito por Maradona na preparação a frente da seleção Argentina começou pela conquista do respeito dos seus atletas. Ao tratá-los com muito carinho -, um tratamento próprio de um pai para com os seus filhos; Maradona conquistou a todos para a sua causa. Diego Maradona virou o xodó da imprensa argentina, por ter se transformado numa pessoa muito acessível e cordial.
O treinador da seleção brasileira, também um ex-jogador, a começar pelo seu trato com a imprensa, inclusive a brasileira, feito de maneira sempre muito hostil representa a figura do anti-líder, de alguém que pode até ser um grande comandante, mas que não deixa transparecer isso. A cara de Dunga é de poucos amigos, de um chefe que se impõe muito mais pelo poder que lhe for outorgado do que pela admiração e o respeito conquistado no dia a dia.
Em termos de valores individuais a seleção brasileira pode até ser melhor do que a seleção Argentina, mas na hora agá, deverá prevalecer o amor, a garra e a vontade de vencer dos argentinos, para os quais cada jogo representa uma final. Enquanto que os nossos jogadores endeusados que são pela imprensa e devido o baixo nível cultural de cada um deles e as suas origens, estão muito deslumbrados e repito: preocupados unicamente com os dólares que fatalmente irão ganhar com as suas transferências para o estrangeiro.
O técnico Dunga é tão turrão, uma pessoa que prefere perder a ter que mudar a sua opinião, que teve a ousadia de ir contra toda a sociedade brasileira que pedia a convocação da dupla santista Neymar e Ganso. E o que fez Dunga? Tratou a todos com uma indiferença olímpica e manteve a convocação dos atletas que já haviam sido relacionados.
A seleção brasileira poderá até vir a vencer esse campeonato mundial, mas muito mais por incompetência e medo das outras seleções do futebol brasileiro, do que pelo futebol que nos últimos campeonatos mundiais a nossa seleção vem apresentando. Um futebol que passou a desprezar a criatividade e a técnica para adotar o futebol força praticado na Europa, de lá de onde vêm os atletas convocados para defender a equipe nacional.
A seleção alemã joga muito mais bonito e tem revelado talentos individuais superiores aos nossos. O número 8 da seleção alemã é um craque na verdadeira acepção da palavra.
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