Não vamos tentar tapar o Sol com a peneira
Não é só no estado do Piauí, não, que a Polícia Civil precisa passar por uma verdadeira faxina, com uma limpeza que deve começar pela troca das pessoas, muitas delas, com uma ficha policial que faz inveja aos sabidamente bandidos. Piores até do que esses últimos, porque eles recebe um salário do Estado, embora sendo um péssimo, para proteger a sociedade. E o que está se vendo, são casos como esse que a imprensa piauiense toda está a noticiar, sobre o envolvimento de policiais civis com bandidos.
Uma renovação necessária e oportuna
Quem acompanha as entrevistas concedidas pelos novos delegados da Policia Civil do estado do Piauí, percebe na maneira como eles se expressam, uma mudança qualitativa. São delegados extremamente jovens, a começar pelo delegado geral, todos concursados e bem treinados para o exercício de uma profissão que está a exigir de cada um deles, estoicismo moral e compromisso com a sociedade com a qual eles assumiram o compromisso de defender. Uma polícia Civil com a do estado do Piauí, não pode mais conviver com pessoas iletradas, mesmo que tenham muita experiência naquilo que fazem. Antes que eu me esqueça: não se faz uma Policia Civil excelente pagando salários de miséria. Isso desde o delegado até o policial mais humilde. E o mérito também tem que ser valorizado. Um bom policial merece ser valorizado, com promoções sucessivas para que sirvam de exemplos para os outros menos comprometidos. O importante nesse momento é separa o joio do trigo. O governador Wilson Martins ganhará ponto com o eleitor piauiense, ao devolver à sociedade civil piauiense a confiança na sua Polícia Civil.
O policial Verde, um exemplo de como não deve agir um policial
Na década de 70 em São Luís, num tempo em que os policiais civis eram identificados a 300 metros de distância pelo seu indefectível traje, caracterizado por um chapéu de cor preta, terno e camisa de cor preta, camisa de cor branca e gravata de cor preta, existia um policial civil morador do bairro da Fé Em Deus, que atendia pelo nome de Verde. Um sujeito atrevido, metido a bater nas pessoas humildes (pescadores, peixeiros, carroceiros, estivadores; por qualquer dá cá aquela palha). Um policial do tipo que foi colocado pela janela na Polícia Civil, num tempo em que para se ingressar nas policias do estado do Maranhão, o principal critério era a valentia. O sujeito chegava ao Maranhão, vindo do ceará, Piauí, Pernambuco e Paraíba e desejava ingressar na Policia Militar daquele Estado, quanto mais mortes ele tivesse nas costas (curriculum vitae), mais fácil era o seu ingresso. Mas isso fica para a história e vamos ao que nos interessa realmente agora, que á história do policial civil Verde - que um dia incerto na década de 70 na Praia Grande em São Luís ao discutir com o peixeiro conhecido como Bola no Pé, foi morto com várias facadas de peixeira. Uma arma mortal. Que quando a comunidade da Fé em Deus sob pelas emissoras de rádio da notícia da morte desse inditoso policial, foi às ruas comemorar a morte de Verde, soltando foguetes, como nestes dias está acontecendo, toda vez que a seleção brasileira ganha um jogo, qualquer jogo, até mesmo aqueles sem nenhum emoção, que até o Guarany do Piauí, do saudoso Zumbi em tempos memoráveis ganharia com folga, pelo conjunto desse time e a garra dos seu jogadores. Essa história reflete o despreparo de muito dos nossos policias que ainda estão em atividade, barabarizando pelas ruas, muitas das vezes, por pura ignorância, por desconhecerem o verdadeiro papel do policial. O policial pago com o dinheiro do contribuinte que existe para ser respeitado e até admirado - por ser ele um guardião da sociedade. Quando o policial inverte os papéis e se transforma em marginal, torna-se mais perigoso do que o próprio bandido, que muita das vezes se torna bandido, por culpa do sistema.
Em TemPo:
Aqui vai uma dica: uma maneira da policia saber se o policial é sério e honesto é procurar investigar a evolução patrimonial, daqueles sobre os quais recaem alguma suspeita.
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