quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

É urgente disciplinar o uso solo urbano



Residência em Petrópolis (RJ) construída no sopé do morro.

As autoridades pouco ou quase nada podem fazer, no sentido de proteger os moradores de determinadas regiões, de fenômenos da natureza, como esse verificado na região serrana do Rio de Janeiro, na semana passada, que já ceifou a vida de quase mil pessoas. Mas é verdade também, que o gestor público, através de ações preventivas, pode reduzir o risco e o número de vítimas de uma tragédia como essa.    .

Mas o que os governos podem efetivamente fazer para evitar as tragédias e os riscos? Em lugares como os da região serrana, a primeira medida que o prefeito deve tomar, é impedir que as pessoas construam suas casas nas encostas dos morros. Segunda medida a ser tomada é contra o desmatamento dos morros, que ajudam a aumentar a erosão do solo. A coleta sistemática de lixo e campanhas de conscientização da população no sentido de evitar que os bueiros e as tubulações sejam entupidas, também não pode ser desprezada ou descartada.

Uma tromba d’água como essa, quando cai numa região plana, não produz estragos na mesma proporção, que nos lugares formados por morros e serras. Os municípios de Nova Friburgo, Teresópolis e Petrópolis, ficam localizados entre e sobre os  morros.

O disciplinamento do uso do solo urbano passa necessariamente pela importância de políticas estruturais de planejamento urbano, com ênfase no saneamento básico e regularização fundiária.

O desmoronamento de encostas e morros na região Sudeste, vem se sucedendo a cada novo verão, como consequência do crescimento desordenado das cidades, que se dá em função da explosão demográfica. Um fenômeno que acontece em todo o país, numa velocidade tão grande, que impede que as autoridades possam planejar e direcionar o crescimento da cidade. Outro fenômeno que também contribui para esse crescimento sem controle - é o êxodo rural.

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