Não é de hoje que os próprios brasileiros questionam
o caráter do povo brasileiro. Esses críticos mordazes da nossa índole costumam
dizer que neste país se vende de tudo, com exceção da vida eterna. No mais,
tudo é negociável e pode ser vendido ou trocado no mercado negro ou no mercado oficial.
Na opinião desses críticos, aqui se vende sentença, virgindade,
voto, consciência, honra, moral, dignidade, direito, liberdade, amor, prazer, casamento e sexo. Não
necessariamente nessa ordem.
Em função desse nosso caráter duvidoso é que o general
francês Charles de Gaulle, disse certa vez que o Brasil não é país sério. Existe
controvérsia sobre a autoria da frase
Veja você, que nesse caso recente do escândalo que
envolveu o ministro Dos Esportes e por extensão o Partido Comunista do Brasil
(PCdoB), mesmo diante de todas as evidências, o próprio ministro que substituiu
o ex-ministro Orlando Silva, o deputado federal Aldo Rebelo (PCdoB-SP), no ato de
sua posse fez um discurso defendendo o seu companheiro de partido, que está
sendo investigado pela Policia Federal, Controladoria Geral da União (CGU) e pelo
Supremo Tribunal Federal (STF).
Como se não bastasse só os escândalos envolvendo
políticos, uma classe sobre a qual pesa os maiores escândalos, este país anda
convive com escândalos, quase que diariamente, nos outros dois poderes e nas
instituições as mais representativas.
A imprensa, essa também comete os seus pecadilhos,
toda vez que o profissional dessa área coloca a sua capacidade intelectual a
serviço de causas nada nobre, ou seja, quando presta algum tipo de serviço que
não atende ao interesse público. E são muitos os profissionais dessa área que
vendem a sua honra por uma passagem de avião ou um banquete, patrocinado,
invariavelmente por políticos.
E penoso, é doloroso até, sabermos que o Brasil é um país
sem jeito, porque para se mudar uma cultura apoiada nesses critérios, já consolidada
e cristalizada, este país levaria outros 500 anos.
A aqui por estas bandas, duas leis, embora não sejam
leis que constam num código, mas que estão enraizadas no imaginário de um povo e
que são levadas ao pé da letra: a lei do jeitinho e a lei de Gerson. A segunda
é aquela preconizada entre nove de cada 10 brasileiros, que diz que o
importante elevar vantagem em tudo.
Se é na família onde se molda o caráter da pessoa
humana, diante dessa constatação, é impossível se poder acreditar na melhoria
de um caráter, que começa a ser deformado em casa, através dos exemplos.
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