por Arimatéia
Azevedo
Em entrevista às tevês, ontem, o deputado federal
Jesus Rodrigues (PT) foi um poço de contradições. Lamentou a falta de projetos
estruturantes no Piauí (depois de passar oito anos dentro do governo Wellington
Dias,); lamentou a falta de liderança na bancada federal, mas diz que ela está
unida como nunca - imaginem se não; alegou a desmobilização dos deputados, que
ao seu ver, deveriam abraçar causas importantes para o estado; ato contínuo,
declara que pulveriza suas emendas por dezenas de municípios, de acordo com
interesses de seu partido ou dos prefeitos municipais. Resumindo, ele tem uma
tese para todos, mas na prática faz exatamente o contrário. Lembrado sobre a
falta de energia para instalação de indústrias no Piauí, ele diz que 16
subestações serão implantadas no Estado, para melhorar sua qualidade. Se não há
um plano de desenvolvimento, como eleger os locais a serem beneficiados?
Aleatoriamente, ou ele vai consultar seus correligionários do interior para
indicarem suas localizações? De novo depara-se o deputado com a falta de um
projeto de estado de desenvolvimento, exatamente após dois governos do PT, do
qual sempre fez parte e teve voz. Mas sem dúvidas melhorou o discurso, a última
vez que resolveu dar mostras de ser desenvolvimentista, pregou aos sete ventos
a instalação de mini destilarias de etanol no estado (e de resto no país),
usando sorgo, batata e outros tubérculos, através de pequenos produtores. O
resto do mundo faz o contrário, aumenta a capacidade de suas indústrias para
redução de custos, por economia de escala. Fará bem ao deputado decidir-se por
um caminho. A falta dele fez o Piauí ficar fora das refinarias da Petrobrás,
das ferrovias como corredor de exportação passando por Teresina e naquela
ocasião o então governador, correligionário do Presidente Lula e toda a bancada
não tiveram prestígio para trazer esses benefícios para o Piauí. Só restaram as
lamentações. (Portalaz)
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