domingo, 13 de novembro de 2011

Sempre um final inglório e absolutamente previsível


A velhice acaba sendo uma coisa ridícula, inútil e desnecessária, um estorvo

Qualquer tentativa do ser humano em retardar a velhice, apresenta como resultado, a sua ridicularizarão. Por exemplo, pintar os cabelos. Existe uma coisa mais risível do que um cabelo acaju ou na cor preta graúna? Pior do que esse artifício seria a dentadura postiça, se esse artifício não nos fosse absolutamente necessário.

Velho, e ainda por cima, sem poder se alimentar direito, a única coisa boa que nos resta na velhice? Azar pior, impossível. A dentadura pelo menos nos permite ter esse prazer, o melhor de todos.

A prótese peniana é outra das vaidades bobas, por produzir um efeito artificial, que quando muito, alimenta a vaidade masculina, mas que serve também, para que toda vez ela for usada, revelar a quem dela faz uso, a sua decrepitude irreversível.

Depois de tudo que já foi dito acima, desnecessário dizer que estou me referindo à velhice. Uma fase da vida que antecede a morte. A certeza da velhice carrega consigo um medo supremo, só comparado, ao que sentimos diante da certeza do nosso fim último.    

Quando envelhecemos na cultura ocidental, a velhice acaba sendo um estorvo, tanto para os parentes como para as pessoas próximas. Poucos são aqueles que na velhice contam com apoio, compreensão e dedicação.

Todo velho, sobretudo os totalmente dependentes, são como um traste, algo inservível, que teria melhor destino se fosse descartado. Até a experiência que o velho acumula é dispensável, haja vista, os jovens poderem buscá-la nos livros e nos museus.

Eu aconselho aos velhos, optarem por uma vida simples, sem grandes preocupações e encarando o que lhe advêm como parte de um processo natural da existência humana. Pois, querer remar contra a correnteza e tentar barrar a velhice, lançando mão de recursos artificiais, que logo depois de usados se revelam de pouca serventia, é uma rematada tolice. Viver naturalmente é a escolha mais acertada.

Aos velhos deveria ser facultado o direito a eutanásia ou a ortotánasia. Com a pessoa humana a partir dos 60 anos, podendo fazer a sua opção.

Moral da história: a vida não passa de uma grande ilusão e sempre acaba com um final trágico. Qualquer que seja ele. (Luccas Souza)

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