Qualquer tentativa do ser humano em retardar a velhice,
apresenta como resultado, a sua ridicularizarão. Por exemplo, pintar os cabelos.
Existe uma coisa mais risível do que um cabelo acaju ou na cor preta graúna? Pior
do que esse artifício seria a dentadura postiça, se esse artifício não nos
fosse absolutamente necessário.
Velho, e ainda por cima, sem poder se alimentar direito,
a única coisa boa que nos resta na velhice? Azar pior, impossível. A dentadura
pelo menos nos permite ter esse prazer, o melhor de todos.
A prótese peniana é outra das vaidades bobas, por produzir
um efeito artificial, que quando muito, alimenta a vaidade masculina, mas que serve
também, para que toda vez ela for usada, revelar a quem dela faz uso, a sua
decrepitude irreversível.
Depois de tudo que já foi dito acima, desnecessário
dizer que estou me referindo à velhice. Uma fase da vida que antecede a morte.
A certeza da velhice carrega consigo um medo supremo, só comparado, ao que
sentimos diante da certeza do nosso fim último.
Quando envelhecemos na cultura ocidental, a velhice
acaba sendo um estorvo, tanto para os parentes como para as pessoas próximas. Poucos
são aqueles que na velhice contam com apoio, compreensão e dedicação.
Todo velho, sobretudo os totalmente dependentes, são como um traste, algo inservível, que teria melhor destino se fosse descartado. Até a experiência que o velho acumula é dispensável, haja vista, os jovens poderem buscá-la nos livros e nos museus.
Eu aconselho aos velhos, optarem por uma vida
simples, sem grandes preocupações e encarando o que lhe advêm como parte de um
processo natural da existência humana. Pois, querer remar contra a correnteza e
tentar barrar a velhice, lançando mão de recursos artificiais, que logo depois
de usados se revelam de pouca serventia, é uma rematada tolice. Viver naturalmente
é a escolha mais acertada.
Aos velhos deveria ser facultado o direito a eutanásia
ou a ortotánasia. Com a pessoa humana a partir dos 60 anos, podendo fazer a sua
opção.
Moral da história: a vida não passa de uma grande
ilusão e sempre acaba com um final trágico. Qualquer que seja ele. (Luccas Souza)
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