quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Só a lei aplicada com rigor e a coerção social salvam o Brasil

Durkheim chamou de coerção social a força que os fatos exercem sobre os indivíduos, fazendo-os aceitar as regras de sua sociedade mesmo contra a sua vontade. Este fenômeno se caracteriza pelas sanções a que a pessoa está sujeita quando não as aceita. 

Como age a coerção social sobre o individuo de modo a levá-lo a agir conforme as regras estabelecidas? A coerção social age induzindo, pressionando ou compelindo alguém a fazer algo pela força, intimidação ou ameaça.

Mas existe um tipo de coerção social que age educando, através do olhar que exprime censura. Eu costumo usar sempre um exemplo de coerção social clássico, já observado por mim em Curitiba e rio de Janeiro. O primeiro se refere ao não curitibano, que ao chupar um picolé ou comer um lanche qualquer, lança na rua via de regra muito limpa o lixo. Nesse exato momento em que o bruto comete esse crime ambiental, todas as pessoas ao seu redor se voltam contra ele e sem dizer palavra, só com o olhar de reprovação, o individuo se sente humilhado e constrangido.

O segundo exemplo de coerção social eu vivenciei em na cidade de São Paulo e Rio de Janeiro, tendo o nordestino como exemplo de má educação, ao adotar um comportamento que contraria o bom costume e a boa educação. Ocorre que o nordestino recém chegado nessas duas capitais, quando anda em grupo, ao se dirigir ao seu companheiro o faz de maneira estridente, o que incomoda os circundantes, isso na rua ou no transporte coletivo. E quando isso acontece, todos se voltam de maneira inibidora, de modo a que o transgressor se sinta humilhado e nunca mais volte a repetir tal atitude.

Um exemplo concreto de coerção social é a que está sofrendo o recém eleito presidente do Senado Renan Calheiros (PMDB-AL), através de um abaixo assinado que já reuniu quase dois milhões assinaturas pela internet, pedindo a sua renuncia dessa presidência.

Com a aplicação rigorosa da lei, o país dá um basta na imoralidade chamada impunidade. Como no Brasil à justiça não elevada a sério, o bandido, seja ele de colarinho branco ou não, age com liberdade e sem medo, porque sabe que com muito dinheiro só é preso neste país, pobre, puta e negro.  

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