Hoje ao vê na televisão um casal de fora do estado do
Piauí falando sobre um trabalho de conscientização que vai ser desenvolvido em Teresina, me veio à lembrança um fato ocorrido no estado de Rondônia na
década de 80, que me foi narrado por um rondoniense, que não aceitava ser tratado
como um silvícola, uma pessoa rude e alheio aos acontecimentos nacionais,
internacionais e a aquilo que se convencionou chamar de modernidade. Numa
palavra, era rondoniense antenado.
Narro esse fato curioso, inusitado e hilário, assim como
me foi contado: Um paranaense chegou à capital de Rondônia em busca de
oportunidades e melhores dias, mas durante um mês, todas as suas tentativas no
sentido de arranjar um emprego no governo resultaram em vão. Mas o tempo que
ele levou procurando uma colocação no mercado de trabalho público, não foi de
todo em baldado, haja vista, ele ter sacado (gíria) uma jogada que iria lhe permitir
conseguir arranjar um bom emprego e até poder fazer grandes negócios junto às
repartições estaduais, como de fato veio a ocorrer. É que não compreensão, o
rondoniense em geral era ingênuo e os homens locais tinham uma queda muito
grande por mulheres bonitas, de preferência, procedentes das regiões Sul e Sudeste.
Diante dessa constatação, o paranaense malandro, resolveu voltar ao seu estado
natal e procurar uma mulher profissional do sexo, cujo maior atributo deveria ser
ela uma mulher alta, loira, olhos azuis ou verdes e com um nível de inteligência
razoável.
Ao descobrir a mulher com o perfil ideal, o paranaense
fez contato e lhe propôs o negócio que tinha em mente. Qual seria esse negócio
e as bases contratuais? O negócio consistia em ela aceitar passar como sendo
sua esposa no estado de Rondônia e as vantagens auferidas com esse casamento de
fachada, seriam divididos em duas partes. O que ela aceitou de pronto, ao ouvir
o detalhamento do plano.
De volta a Porto Velho, o nosso personagem passou a circular
pela Assembléia Legislativa, secretarias de governo, sempre acompanhado da sua linda
“esposa”, sob o pretexto de vender serviço de jardinagem. As autoridades nativas
ao se depararem com aquela mulher monumental caiam de quatro e ofereciam o céu e
a terra para aquela mulher extremamente bonita e charmosa, o que ela malandramente se aproveitava para conseguir empregos, para si e para o seu consorte.
De uma hora para outra, o casal paranaense tirou a barriga
da miséria, porque todo mundo queria comer a esposa do paranaense “chifrudo”. O
casal ao atingir os seus objetivos se separou alegando incompatibilidades de gênios.
Você se lembra cara leitor do casal ao qual me referi no
inicio deste texto, pois bem, é que no estado do Piauí, qual sujeito de fora
chega neste estado e consegue vender gato por lebre. Qualquer ideia fajuta é
comprada pelos nossos governantes como sendo originais e revolucionárias.
No Piauí, o mote é falar como sulista e pernambucano. É óbvio que toda regra comporta exceção.
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