sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Os sócios do condomínio ou latifúndio não se entendem

A formação de um bloco parlamentar que reúne 290 deputados federais, liderado pelo deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e que contou na sua primeira reunião com a presença do presidente da Câmara Federal, o peemedebista Henrique Eduardo Alves do PMDB do Rio Grande do Norte, deve ter acendido a luz amarela no Palácio do Planalto que já andava meio ressabiado com um partido que vem declinando dos ministérios oferecidos pela presidenta Dilma Rousseff.

O encontro ocorreu no apartamento funcional do deputado Luiz Fernando Faria (PP-MG). Terminou perto da 1h, já na madrugada de quinta (20). Além do PMDB, estavam representados os pseudogovernistas PP, PR, Pros, PDT, PTB, PSD e PSC. Lá estava também o deputado paranaense Fernando Franscischini, líder do recém-fundado Solidariedade (SDD), hoje alinhado à candidatura presidencial do tucano Aécio Neves.

O PMDB vem usando estrategicamente esse seu posicionamento, para forçar o PT a negociar coligações estaduais, de olho na eleição de governadores e no aumento da sua bancada no Congresso Nacional. O partido liderado pelo vice-presidente da república Michel Temer e candidato á reeleição na chapa encabeçada por Dilma Rousseff, desistiu dos ministérios que lhes foram oferecidos, por dois motivos: o primeiro, por se tratar de ministérios de curta duração e segundo, porque não aceita retirar a candidatura do senador Eunicio Oliveira ao governo do estado do Ceará, para favorecer o projeto político dos irmãos Cid e Ciro Gomes.

Esse bloco parlamentar que vai funcionar independentemente da orientação partidária, liderado pelo PMDB, coloca mais poder nas mãos de um partido que sozinho já provoca calafrios na cúpula do PT e no governo Dilma Rousseff.

O PT e o seu governo, para não serem abandonados pelo PMDB que para o lado que pender ajuda na eleição do candidato à presidência república, torna-se cada dia mais refém de um aliado eventual e pouco confiável.

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