terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Hollande e Obama deverão evitar falar sobre problemas domésticos

François Hollande está, desde esta segunda-feira, nos Estados Unidos. O presidente francês foi recebido por Barack Obama para uma visita de Estado de três dias que vem ajudar ambos a abafar um pouco os respectivos problemas domésticos: no caso americano, a constante oposição republicana às reformas desejadas; no caso francês, a pressão criada pelo escândalo da alegada relação amorosa do presidente com a atriz Julie Gayet, e que terá sido o motivo da separação de Hollande da jornalista Valerie Trierweiler, a qual Obama havia manifestado em novembro ter grande vontade em conhecer.

Nem Trierweiler, nem Gayet. Hollande viajou sozinho e, na agenda do primeiro dos três dias de visita aos Estados Unidos, teve uma visita a Montecillo, na Virgínia, local onde está a casa daquele que foi o terceiro presidente dos Estados Unidos, o autor da Declaração da Independência e um dos primeiros embaixadores americanos em Paris. “Esta era a melhor forma de começarmos uma visita de Estado. O que isto representa é a incrível história que existe entre os Estados Unidos e a França”, manifestou Obama, o anfitrião da visita.
A “incrível história” entre os dois velhos aliados prossegue esta terça-feira na Casa Branca, onde François Hollande será alvo de uma recepção oficial, que está sendo preparada com todos os pormenores e de cuja lista de pratos do jantar deverá fazer parte, ao que se sabe, caviar americano, entre outras coisas. Uma das grandes expectativas para os americanos é saber quem irá ocupar o lugar à mesa, ao lado de Holande, que chegou a estar reservado para a agora ex-primeira dama de fato francesa, Valerie Trierweiler. O jantar de recepção ao chefe do Palácio do Eliseu marca também o primeiro jantar de Estado oferecido por Barack Obama, desde que iniciou o segundo mandato na Casa Branca e será servido numa enorme tenda branca, montada para no relvado sul da residência oficial do presidente dos Estados Unidos.
À margem do repasto, Hollande e Obama vão aproveitar para aprofundar vários assuntos internacionais, como a crise na Síria, o programa nuclear do Irã, a guerrilha étnica e religiosa na República Centro-Africana e, claro, a espionagem na Europa pela NSA, a agência de segurança norte-americana. Fora da sala onde os dois irão sentar-se a conversar deverá girar, de forma figurada, a alegada amante do francês e os adversários republicanos do americano.

Atento a esta visita, está o correspondente da euronews em Washington, Stefan Grobe: “Nos dias de hoje, os Estados Unidos e a França desfrutam de um nível de confiança que não se via há mais de uma década. É por isso que esta visita surge como um revigorante para ambos. Para Obama, pelo impasse que vive na política doméstica. Para Hollande, pela pressão colocada sobre à sua vida pessoal.” Com euronews

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