François Hollande está, desde esta segunda-feira, nos
Estados Unidos. O presidente francês foi recebido por Barack Obama para uma visita de Estado de três dias
que vem ajudar ambos a abafar um pouco os respectivos problemas domésticos: no
caso americano, a constante oposição republicana às reformas desejadas; no caso
francês, a pressão criada pelo escândalo da alegada relação amorosa do
presidente com a atriz Julie Gayet, e que terá sido o motivo da separação de
Hollande da jornalista Valerie Trierweiler, a qual Obama havia manifestado em
novembro ter grande vontade em conhecer.
Nem Trierweiler, nem Gayet. Hollande viajou sozinho e, na agenda
do primeiro dos três dias de visita aos Estados Unidos, teve uma visita a
Montecillo, na Virgínia, local onde está a casa daquele que foi o terceiro
presidente dos Estados Unidos, o autor da Declaração da Independência e um dos
primeiros embaixadores americanos em Paris. “Esta era a melhor forma de
começarmos uma visita de Estado. O que isto representa é a incrível história
que existe entre os Estados Unidos e a França”, manifestou Obama, o anfitrião
da visita.
A “incrível história” entre os dois velhos aliados prossegue
esta terça-feira na Casa Branca, onde François Hollande será alvo de uma recepção
oficial, que está sendo preparada com todos os pormenores e de cuja lista de
pratos do jantar deverá fazer parte, ao que se sabe, caviar americano, entre
outras coisas. Uma das grandes expectativas para os americanos é saber quem irá
ocupar o lugar à mesa, ao lado de Holande, que chegou a estar reservado para a
agora ex-primeira dama de fato francesa, Valerie Trierweiler. O jantar de recepção
ao chefe do Palácio do Eliseu marca também o primeiro jantar de Estado
oferecido por Barack Obama, desde que iniciou o segundo mandato na Casa Branca
e será servido numa enorme tenda branca, montada para no relvado sul da
residência oficial do presidente dos Estados Unidos.
À
margem do repasto, Hollande e Obama vão aproveitar para aprofundar vários
assuntos internacionais, como a crise na Síria, o programa nuclear do Irã, a
guerrilha étnica e religiosa na República Centro-Africana e, claro, a
espionagem na Europa pela NSA, a
agência de segurança norte-americana. Fora da sala onde os dois irão sentar-se
a conversar deverá girar, de forma figurada, a alegada amante do francês e os
adversários republicanos do americano.
Atento
a esta visita, está o correspondente da euronews em Washington,
Stefan Grobe: “Nos dias de hoje, os Estados Unidos e a França desfrutam
de um nível de confiança que não se via há mais de uma década. É por isso que
esta visita surge como um revigorante para ambos. Para Obama, pelo impasse que
vive na política doméstica. Para Hollande, pela pressão colocada sobre à sua
vida pessoal.” Com euronews
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