sexta-feira, 1 de agosto de 2014

A política sempre foi e continua sendo um bom negócio no Brasil

A política sempre foi e continuará sendo um bom negócio na região Nordeste. Notadamente, no estado do Piauí, onde as famílias e as oligarquias investem pesado na eleição dos seus membros.

Há três décadas, as famílias piauienses ricas ou prósperas viam nas profissões de medicina e direito, o caminho ideal para manter o nome, a prosperidade e o patrimônio da grei. Mas, com a valorização da política como profissão, o foco das oligarquias piauienses mudou para esse novo ramo de uma atividade comercial - que se bem sucedida, o profissional enriquece ou aumenta o seu patrimônio num espaço de tempo razoavelmente curto.

Muitas das famílias e as oligarquias piauienses estão unindo o útil ao necessário, ou seja: primeiro elas formam os filhos que via de regra, após saírem formados passam a residir no interior, para através da profissão de médico se legitimarem como políticos e usarem as suas profissões como cabos eleitorais.

As famílias Martins e Maia é o exemplo de uma oligarquia bem sucedida no Piauí. Tão bem sucedida, que o seu chefe, o ex-governador Wilson Martins, um médico - é candidato ao Senado, o seu irmão candidato à Assembléia Legislativa, um sobrinho à Câmara Federal e vários primos de primeiro, segundo e terceiro graus também candidatos, como o deputado estadual Tadeu Maia Filho. O que esses nomes têm em comum, além dos sobrenomes? O fato de terem servido ao governo do ‘parente’ Wilson Martins.

Muitos piauienses ainda têm a ousadia de apontarem o dedo para a família Sarney, como se José Sarney fosse o único político profissional no Brasil e o mais esperto. Wilson Martins se tivesse a inteligência e a oportunidade que Sarney teve na vida pública, teria indicado até o arcebispo de Teresina.  

O que tem de candidato com parentesco muito próximo nesta eleição no estado do Piauí, só se compara com a Guatemala, Honduras, Paraguai e Nicarágua. A fina flor do subdesenvolvimento.

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