Favela de Paraisópolis com mais 125 mil
habitantes
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O desequilíbrio regional é que faz os nortistas e
nordestinos continuarem migrando para as regiões Sul e Sudeste. Duas regiões, que
desde que o Brasil existe sempre foram beneficiadas e privilegiadas, por uma sucessão
de governos centrais oriundos dos estados que formam essas regiões. Quem não se
lembra ou conhece uma parte da história política brasileira, conhecida como a política
do café com Leite que impôs ao país o revezamento de presidentes, ora do estado
de São Paulo e ora do estado de Minas Gerais.
A
política do café com leite foi uma política que visava à predominância do
poder nacional por parte das oligarquias paulista e mineira, executada na República
Oligárquica que durou entre 1894 e 1930.
Com os presidentes da república priorizando os estados das
regiões Sul e Sudeste, as regiões Norte e Nordeste foram empobrecendo cada vez
mais, o que fez com que o fluxo migratório do Norte para o Sul aumentasse na medida
em que os estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná,
Santa Catarina e Rio Grande do Sul prosperavam e enriqueciam.
Hoje, as grandes metrópoles como as cidades de São Paulo,
Rio de janeiro e Belo Horizonte crescem (incham) tanto que viver nessas
cidades se transformou numa aventura bastante perigosa. O nordestino que vive
hoje na periferia dessas cidades só não voltam de mala e cuia para os seus estados
de origem, pelo amor próprio ferido e pelo temor de um novo recomeço.
Sem uma efetiva política que vise diminuir os desequilíbrios
regionais ou inter-regionais, o que veremos é a antecipação do final do mundo.
O inferno já existe para quem se ‘esconde’ nas favelas das cidades de São
Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte.
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