sábado, 11 de outubro de 2014

Comunistas e socialistas não apoiarão Dilma no Maranhão

O Partido dos Trabalhadores (PT) saiu desta eleição, no Maranhão, menor do que entrou. E a culpa é da presidente Dilma e de toda a cúpula nacional. Explico.
A legenda se coligou ao PMDB, seguindo uma aliança nacional, para apoiar a candidatura do senador Lobão Filho (PMDB), que comandava a coligação “Pra Frente Maranhão”.  Até aí tudo bem, uma posição coerente e tecnicamente correta do ponto de vista político.
Dilma fez jogo duplo e conseguiu favorecer o comunista Flávio Dino, eleito governador
Teve o PT à sua disposição, o espaço de vice-governador aberto na chapa de Lobão Filho. Criou, no entanto, uma série de embaraços, iniciou uma crise política no estado, e no fim de tudo, acabou optando por abrir mão da vaga de vice, para ficar com a primeira suplência para o Senado da Republica, que tinha como candidato o deputado federal Gastão Vieira (PMDB). O suplente escolhido – depois de outra crise, diga-se de passagem -, foi o ex-secretário de estado do Trabalho, José Antonio Heluy. A estratégia do PT, com a definição de um suplente, era conseguir efetivar o mandato de senador pelo Maranhão no futuro, com uma articulação política junto ao PMDB nacional.
O problema foi justamente o jogo duplo da presidente Dilma Rousseff em relação à candidatura de Lobão Filho. Tudo bem que a “prioridade” da legenda era a eleição de Gastão Vieira e de seu suplente, mas a falta de interesse e de apoio efetivo à candidatura de Lobão Filho, influenciou a derrota de Gastão para o Senado.
Lobão foi fiel e manteve apoio apenas à Presidente Dilma, que não correspondeu
Dilma foi infiel ao PMDB e ao projeto governista no estado.
Ela não gravou um vídeo sequer para o programa eleitoral de Lobão Filho, permitiu que uma ala dissidente do PT inaugurasse comitê pró-Flávio Dino (PCdoB) e levasse o eleitor a crer que o comunista era o seu candidato no estado, além disso, não participou de nenhum ato de campanha ao lado do peemedebista no Maranhão – estado excluído de sua agenda no primeiro turno –, e ainda encaminhou material impresso de campanha para a candidatura comunista, com a justificativa de que no plano nacional, o PCdoB é aliado do PT.
O resultado de tudo isso foi o enfraquecimento da candidatura de Lobão Filho e consequentemente o enfraquecimento da candidatura de Gastão Vieira, atrelada em todos os aspectos à do candidato a governador.
O PT, que tem presidente da República, conseguiu manter uma bancada de apenas dois deputados estaduais [menor que as do PMDB, PV, PDT e PCdoB] na Assembleia Legislativa e elegeu somente um deputado federal. Não conseguiu ‘eleger’ Gastão Vieira e o seu suplente, tido como “a prioridade do partido no Maranhão”, como foi justificado no momento em que a sigla abriu mão do posto de vice-governador.
Por seus próprios erros, por tanto, o PT saiu menor do processo eleitoral no Maranhão, do que entrou…

Nota: Nem vou explorar a neutralidade de Flávio Dino em relação às candidaturas de Dilma e Aécio Neves no segundo turno da corrida presidencial no estado. É só mais uma prova de que a petista errou e muito no Maranhão… Fonte: blog do Ronaldo Rocha

Em TemPo:
Flávio Dino que desde o primeiro turno  apoia Aécio Neves
No segundo urno o candidato apoiado por Dilma Rousseff no estado do Maranhão até o presente momento ainda na deu sinal de que apoiará a sua amiga. Flávio Dino tende a ficar neutro. Uma decisão acertada para um comunista neoliberal, que prometeu durante a sua campanha promover um choque de capitalismo na economia maranhense. O senador José Sarney e seu grupo políticos estão bastante magoados com Dilma Rousseff e essa profunda mágoa poderá levar os seguidores de José Sarney a votarem em branco. (Dom Severino
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