sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Um país à beira de um ataque de nervos e dividido

O Brasil é hoje em dia um país dividido, porque os pobres e a classe média não querem perder os direitos e benefícios já conquistados e os ricos querem acabar. A guerra está apenas começando.

Quem acompanha atentamente a disputa eleitoral que ora se desenrola no Brasil, percebe claramente que este país está divido, tendo de um lado os pobres e a classe média emergente e do outro, os ricos e a classe média alta. 

O que eu percebo do meu posto de observação privilegiado é que qualquer que seja o resultado desta eleição, o novo presidente vai ter que trabalhar muito para pacificar o país. Mais ainda se o vencedor for o candidato de oposição  - que vai ter que enfrentar movimentos sociais bem organizados e bem estruturados que não lhe darão trégua. Se Dilma Rousseff se reeleger, para ela será muito mais fácil governar, porque, ela irá conviver com uma oposição despreparada e desorganizada e com movimentos sociais que apoiam o seu governo, como MST, a CUT e a UNE.
  
Como o Partido dos Trabalhadores (PT) em que pese os grandes erros cometidos nos  seus governos, por ter feito uma opção preferencial pelos pobres e excluídos e pela expansão da classe média, vai ter problemas, mas nada comparado com o que poderá vir a enfrentar um eventual governo tucano.

A violência que já assumiu um caráter de epidemia em nosso país, sob um governo que promoverá arrocho salarial, dificultará o acesso ao crédito e que não desonerará a produção, para reduzir a inflação, o Brasil fatalmente mergulhará numa convulsão social.

Pacificar o país deve ser a palavra de ordem do futuro governo.

Quando, a periferia, o Brasil profundo e os grotões avançarem sobre as ilhas de prosperidade, é o caos que teremos. O Brasil continuará avançando ou ele arrebenta. Em cidades como Rio de Janeiro, Salvador, Fortaleza e São Paulo a guerra já começou. Este um quadro bastante realista do Brasil. Quem quiser que pinte outro se discordar.

por Tomazia Arouche

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