sábado, 24 de janeiro de 2015

Diplomata reconhece diferenças entre EUA e Cuba

O acesso à informação é uma prioridade para os estadunidenses.

Roberta Jacobson é a funcionária estadunidense de mais alto nível que visita Cuba desde 1980 AFP
O propósito do intercambio da política dos Estados Unidos em direção a Cuba é promover uma "maior abertura" na ilha, com mais direito e liberdades, e "participação do povo cubano nas decisões", afirmou nesta sexta-feira a secretária de Estado adjunta de Estados Unidos para a América Latina, Roberta Jacobson.

A diplomata assinalou numa entrevista concedida a imprensa em Havana que o tema dos direitos humanos e a democracia são "cruciais" para os Estados Unidos, embora reconheça que existem "profundas diferenças" sobre esta questão com o Governo cubano, informou a agência Efe.

Disse que essas discrepâncias não tem por que representar um obstáculo nas conversações que ambos os países estão iniciando para restabelecer relações diplomáticas e reabrir suas respectivas embaixadas; nem "condicionar" o diálogo geral sobre "um amplo leque" de temas bilaterais.

 “Ao final, o motivo de este processo é tratar de permitir ao povo cubano participar, com o objetivo de restabelecer relações com os EEUU, um país que seja livre e democrático", afirmou Jacobson em uma entrevista onde fez um balanço dos dias de conversações com Cuba para restabelecer relações bilaterais.

Jacobson, não quis fazer prognósticos sobre como vai evoluir este processo de normalização de relações, mas ressaltou que é necessário que EEUU mude 50 anos de uma política feita em direção a Ilha que não deu os resultados esperados.

 “Não tenho uma bola de cristal para ver o que se passará no futuro, porém sei que nesses 50 anos, que nossa política só conseguiu isolar Cuba, mas não logrou o envolvimento dos cubanos, que é o que nós buscamos", assegurou.

Jacobson assinalou que uma das principais preocupações do seu país é que os cubanos tenham acesso à informação e as ferramentas necessárias para "tomar suas próprias decisões", para o que considerou necessário melhorar as telecomunicações na ilha e ampliar o acesso a Internet.

A pesar dos "profundos desacordos" entre as partes sobre direitos humanos, Jacobson destacou o interesse Du seu país por seguir discutindo de maneira "pública e direta" com o Governo cubano sobre "direitos, liberdades e democracia". Fonte: El Universal/tradução: Tomazia Arouche  


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