quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

O Papa Francisco colocou o dedo na ferida

Pela primeira vez na história da humanidade um Papa teve a coragem de tocar num assunto tabu, sobretudo para os católicos, que é o controle de natalidade. Quando ele diz que os católicos não precisam 'procriar como coelhos', ele usou de uma metáfora para criticar as famílias numerosas que em, última análise, são as principais responsáveis pelos problemas que a humanidade inteira sofre. Família numerosa é igual a super população.

Na raiz de problemas como enchentes, super aquecimento do planeta, secas, chuvas ácidas, racionamento de energia, racionamento de água, super produção de lixo que ocupa grandes áreas de terra, os mares, rios e a falta de leito nos hospitais e salas de aula está o crescimento desordenado da população.  

Cidades como São Paulo e Rio de Janeiro, com mais de 10 milhões de habitantes, são cidades condenadas a viver um estado de caos permanente, porque os seus governantes não tem como atender a uma demanda por serviços públicos que cresce numa proporção geométrica.

Para atender ao consumo de uma população que cresce a olhos vistos, o Brasil vem sendo devastado pelas fazendas de criação de gado, pelas grandes plantações de soja e a construção de novas residências - que na zona urbana destrói toda cobertura vegetal, sem repor nenhum arvore.

O mundo, para poder sonhar com a redução dos desastres ambientais, precisa urgentemente desenvolver campanhas para que as famílias deixem de 'procriar como ratos'. O nosso planeta está saturado de gente. Pensem nisso. Reflitam sobre isso.  

Com essa sua exortação, o Papa Francisco contraria um dogma e os interesses da sua igreja. É que quanto mais gente no mundo, melhor para as autoridades eclesiásticas que sobrevivem da ignorância alheia. Não por acaso, os países mais pobres são os mais católicos 

Tomazia Arouche


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