quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Uma oposição desarticulada, porque sem um líder

A derrota 'acachapante' sofrida pelos ex-governadores Zé Filho (PMDB), Wilson Martins (PSB) e pelo ex-prefeito de Teresina Silvio Mendes (PSDB) na eleição de 2014 deixou a oposição no estado do Piauí sem rumo e sem um líder. O que em tese favorece o governador Wellington Dias (PT), que sem oposição governará sem ter quem lhe cobre as promessas assumidas em campanha e fiscalize as ações do seu governo. Na nossa cultura política, isso é tudo que um governante deseja e quer.  

Se o governador usar o poder da máquina governamental, fatalmente elegerá o futuro presidente da Assembléia Legislativa do Estado do Piauí (ALEPI), o que facilitará o controle de um poder sobre outro que não funciona como tal. Para todos os efeitos o Poder Legislativo no Brasil funciona como um apêndice ou força auxiliar do Poder Executivo. Para prejuízo da sociedade.

Volto a afirmar o que já disse aqui neste espaço em várias oportunidades: o parlamentar estadual piauiense que se mantiver na oposição pelos próximos quatro anos estará se credenciando para disputar com chances de vitória em 2018 à sucessão estadual.

No meu radar eu só vejo um político com ambição, inteligência e disposição para desafinar o coro dos contestes: o deputado estadual Robert Rios, porque é um político que goza de relativa independência, já que não depende de um mandato para sobreviver.

O governador Wellington Dias se usar de inteligência fará de tudo no sentido de que o seu governo tenha uma forte oposição, para que ela funcione como fiscal das suas ações e atos. Sem oposição, repito: o governante acha que tudo anda as mil maravilhas e acaba metendo os pés pelas mãos.

A propósito: passada a eleição Wilson Martins e Silvio Mendes tomaram chá de sumiço. Escafederam-se. 

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