Dentro em pouco as estradas estarão cheias de mendigos e pedintes. Deus não tem esse direito de jogar tantos cristãos na desgraça”. (Émile Zola – escritor francês, autor do livro Germinal)
As máquinas, as novas tecnologias e a usura do sistema
capitalista pelo lucro cada vez maior, estão transformando o homem em algo
obsoleto, inservível e sem lugar no mundo. Tudo pela produtividade que
significa mais produção, com mais qualidade, em menor espaço de tempo e consequentemente
mais lucro para o industrial.
A Internet,
rede mundial de computadores, está destruindo o comércio local, ou seja, hoje você
para efetuar uma compra de qualquer produto, basta ter um computador à mão. Esse
tipo de venda não só acaba com o serviço de vendedor de loja, como faz cair a
arrecadação dos estados e municípios não produtores. O Call Center acabou com os escritórios de locais de atendimento de
empresas que prestam serviços públicos, como água, energia e esgoto. Isso significa
menos trabalho humano.
Em decorrência do cada vez maior uso da automação, da
computação e da robótica pelo setor fabril, fica evidenciado a nítida redução do
trabalho humano na indústria, no comércio e nos serviços.
Essa redução do serviço humano não significa o fim do
trabalho tradicional, mas, o aumento do emprego parcial, precário, terceirizado
e subcontratado, vinculado ao serviço informal.
O Brasil vive um grande paradoxo, porque ao mesmo tempo que acompanha
a redução do trabalho humano, convive com uma natalidade que beira a explosão
demográfica. Se pelo menos a população viesse sendo reduzida drasticamente, seria
possível vivermos num mundo menos conflituoso.
Sem emprego, sem moradia e sem formação profissional
que permita ao homem conviver com o emprego de altas tecnologias, o homem pobre,
sobretudo os jovens, passam a engrossar as fileiras do exército do crime
organizado e a indústria do narcotráfico. Isso talvez explique o aumento da
violência no Brasil e no mundo.
O trabalhador se converteu em supervisor e vigia no processo de produção, segundo a abstração marxiana.
O trabalhador se converteu em supervisor e vigia no processo de produção, segundo a abstração marxiana.
por Joachim
Arouche
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