Os governos brasileiros sempre privilegiaram os mais ricos. Essa certeza se aplica aos brasileiros e aos estados. Não é à toa, que a maior concentração de riqueza se dá nas regiões Sul e Sudeste e a concentração da pobreza absoluta, nas regiões Nordeste e Norte. A região Centro-Oeste fica numa zona intermediária.
Mas, com o crescimento da população de maneira
absurda nas regiões mais ricas e o deslocamento de um número significativo de
nortistas e nordestinos em direção as regiões Sul e Sudeste em busca de uma
vida melhor e mais digna, a pobreza nos estados ricos aumentou
consideravelmente e de maneia cruel. Mais cruel até, do que nas regiões mais
pobres do país.
Com o acesso a informação e o aumento do nível de
escolaridade, os assaltantes se sofisticaram e deixaram de roubar pobres e
estão indo assaltar os ricos nas zonas nobres.
O perfil do assaltante brasileiro mudou em vários
aspectos: na forma de atuação, no foco e meta, no modo de abordar às suas
vitimas e na sua apresentação - que tanto pode ser trajando um uniforme de uma
empresa de telefonia, energia, gás, correios ou usando ternos de refinado bom
gosto e, se expressando bem em português. A propósito: uma pessoa minha
conhecida foi assaltada em inglês no município de Parati, no estado do Rio de
Janeiro.
O brasileiro pobre, sem emprego e sendo bombardeado
diariamente por uma propaganda que induz a consumir de maneira desenfreada é
atraído pelo ganho fácil na indústria do crime e no exército da
contravenção. É óbvio que ainda é uma minoria.
Martinho Lutero dos Prazeres da
Conceição
Nenhum comentário:
Postar um comentário