quinta-feira, 7 de janeiro de 2016

Distribuição de renda feita no peito e na marra


Os governos brasileiros sempre privilegiaram os mais ricos. Essa certeza se aplica aos brasileiros e aos estados. Não é à toa, que a maior concentração de riqueza se dá nas regiões Sul e Sudeste e a concentração da pobreza absoluta, nas regiões Nordeste e Norte. A região Centro-Oeste fica numa zona intermediária.

Mas, com o crescimento da população de maneira absurda nas regiões mais ricas e o deslocamento de um número significativo de nortistas e nordestinos em direção as regiões Sul e Sudeste em busca de uma vida melhor e mais digna, a pobreza nos estados ricos aumentou consideravelmente e de maneia cruel. Mais cruel até, do que nas regiões mais pobres do país.

Com o acesso a informação e o aumento do nível de escolaridade, os assaltantes se sofisticaram e deixaram de roubar pobres e estão indo assaltar os ricos nas zonas nobres.

O perfil do assaltante brasileiro mudou em vários aspectos: na forma de atuação, no foco e meta, no modo de abordar às suas vitimas e na sua apresentação - que tanto pode ser trajando um uniforme de uma empresa de telefonia, energia, gás, correios ou usando ternos de refinado bom gosto e, se expressando bem em português. A propósito: uma pessoa minha conhecida foi assaltada em inglês no município de Parati, no estado do Rio de Janeiro.

O brasileiro pobre, sem emprego e sendo bombardeado diariamente por uma propaganda que induz a consumir de maneira desenfreada é atraído pelo ganho fácil na indústria do crime e no exército da contravenção.  É óbvio que ainda é uma minoria.

Martinho Lutero dos Prazeres da Conceição

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