Quem
alimenta a vã esperança de que o
impeachment da presidenta Dilma Rousseff, resolverá todas as crises que o
país atravessa - está redondamente enganado.
Como diz
a frase do brasilianista
norte-americano Albert Fishlow no
título deste texto, um eventual impedimento da presidenta Dilma Rousseff
agravará ainda mais as crises que andam tirando o sono do povo brasileiro.
Ouso
afirmar que um eventual governo Temer, com menos de 90 dias perderá o apoio da
maioria dos partidos que apoiam o impeachment da presidenta, por razões óbvias,
como por exemplo, o fisiologismo e pragmatismo.
O
primeiro partido a pular fora do governo Temer, pela carta de princípios que
vai impor ao PMDB é o PSDB que não vai querer unir o seu destino ao dos
peemedebistas. Agora, leia o que disse no dia de ontem (1/5), o ex-presidente
FHC sobre o seu partido vir a participar de um eventual governo Temer:
“Para ingressar num governo que
não é seu, o PSDB deve fazê-lo com base em compromissos claros, a serem
assumidos pelo novo presidente: não interferir na Lava Jato, dar passos
inequívocos na reforma político-administrativa, recriar as condições do
crescimento da renda e do emprego e não apenas manter, mas melhorar, as
políticas sociais”.
Vou
repetir uma pergunta que já fiz aqui neste blog: o que faria o ex-presidente do
Banco Central (BC), Henrique Meireles do que tentou fazer o ex-ministro da
Fazenda, Joaquim Levy e vem tentando o atual ministro dessa pasta, Nelson
Barbosa? Eu respondo: absolutamente nada, porque sem às reformas propostas por
Levy e reafirmadas por Barbosa, não existe saída para as nossas crises. E como
essas reformas são impopulares, o próximo governo ao tentar executá-las, perderá
apoio popular.
Será que
o PSDB vai querer morrer abraçado com o PMDB? É pouco provável.
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