Só o brasileiro entende as idiossincrasias do seu país.
Qualquer estrangeiro que queira entender o Brasil, acabará no hospício, como
acabaram todos os moradores de Itaguaí, uma cidade, que no entendimento do médico
Simão Bacamarte, um personagem criado pelo escritor brasileiro Machado de Assis,
no seu livro o Alienígena, ninguém era normal.
O Brasil que acaba de apear do poder, o Partido dos
Trabalhadores (PT) do governo é o mesmo que convive com situações absurdas,
como essa protagonizada pelo secretário geral do governo de Michel Temer, o
baiano Geddel Vieira Lima, um político com um passado e um presente duvidoso e de
um governo que a cada dia que passa se atola ainda mais no “mar de lama da
corrupção”, da desfaçatez e da imoralidade.
O PMDB, um partido que chegou ao poder por via indireta
e que poderia legitimar-se, adotando políticas austeras, moralizadoras e
edificantes, se perde a cada momento no cipoal da esperteza, da malandragem e
da sem cerimônia.
O povo brasileiro anda emitindo sinais de saturação
para com esse governo que ai está e para uma classe política que nos envergonha
a todos.
O
caso Geddel
Braço-direito de Michel Temer na condução do impeachment de Dilma Rousseff e na
formação do novo governo, o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira
Lima, sobrevive por ora ao escândalo relacionado ao empreendimento La Vue
Ladeira da Barra, em Salvador, após ser denunciado pelo ex-ministro da Cultura,
o diplomata Marcelo Calero, pela prática de tráfico de influência. O governo Temer
que deveria emprestar apoio ao ministro demissionário, preferiu manter Geddel
Vieira Lima no governo, em que pese as denúncias que pesam contra esse político
baiano que se considera o chefe do núcleo duro do governo de Michel Temer, numa
palavra, o segundo político mais poderoso da era Temer.
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