“A violência é uma
doença no corpo social. Ora causa, ora consequência, mas sempre uma ruptura, um
desequilíbrio, uma submissão ao irracional e instintivo, uma dominação sobre e
com o outro”. (Máximo Trevisan)
Quem quiser envenenar seu sangue e ter um dia sob tensão,
basta sintonizar qualquer emissora de televisão aberta ou fechada, porque as
principais manchetes e as matérias mais extensas são as que tratam de violência
explícita.
Após deixarmos de assistir o noticiário, fica-nos a
sensação de medo, pavor e insegurança; sensação essa, capaz de nos tirar o sono
e quando dormimos, os nossos sonos são assaltados por pesadelos.
Consciente de que o assunto violência aumenta a audiência
das emissoras de rádio e televisão (aberta ou paga), os diretores de jornalismo
resolveram explorar ao máximo esse filão
e sem nenhuma preocupação com a questão ética e moral, exploram à exaustão esse
tema, sem se preocupar com o mal que ele faz às pessoas, sobretudo as menos esclarecidas
e as crianças que ficam a mercê desses veículos nos seus lares.
Essa super exposição da violência, acabou por banalizar a
violência e consequentemente a aumentar o clima de insegurança que permeia toda
a sociedade brasileira.
O baixo nível de escolaridade do povo brasileiro,
contribui sobre maneira para que a violência continue reinando na televisão no
horário dito nobre, inclusive nas telenovelas.
A televisão no afã de conquistar cada vez mais a audiência -
glamourizam a
violência.
A violência é tão valorizada entre nós, que no estado do
Piauí, em toda campanha eleitoral quase uma dezena de apresentadores de
televisão se aventuram pelo mundo da política, como muito deles se elegendo.
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