sexta-feira, 30 de junho de 2017

A escolha de Temer



A Lava Jato é quase uma unanimidade nacional. Uma unanimidade inteligente, convém salientar. Contra essa operação só os malfeitores, as pessoas desonestas e os antipatriotas ousam se opor a ela”. (Tomazia Arouche)   
   
Existe na sociedade brasileira, sobretudo no meio político, a preocupação de que a procuradora-geral da república (PGR), Raquel Dodge escolhida pelo presidente Michel Temer para substituir ao atual PGR, Rodrigo Janot, opte por andar na contra mão da história recente ao resolver favorecer o seu benfeitor, no caso, Sua Excelência, o presidente Temer, que a escolheu de uma lista tríplice, onde essa subprocuradora aparece em segundo lugar na votação para eleger o substituto de Rodrigo Janot. Caso isso ocorra, o país irá julgá-la como uma autoridade que fez uma opção equivocada e danosa para o país.  

Caso a nova procuradora-geral da república (PGR) Raquel Dodge, resolva se alinhar automaticamente com o presidente da república, como um gesto de gratidão, gratidão pela escolha para um cargo muito importante na república, o país não irá poupá-la.

A nova procuradora-geral da república Raquel Dodge, poderá até se revelar uma pessoa com muita personalidade, ao ponto de questionar algumas decisões do PGR Rodrigo Janot, mas nada que afronte a comunidade do Ministério Público Federal (MPF) e o povo brasileiro - que confia na Força Tarefa que comanda a Operação Lava Jato

Essa foi a primeira vez desde 2003, que o presidente da República desrespeita essa tradição. Na prática, a indicação permite a Temer escolher quem pode investiga-lo depois do termino do atual mandato do procurador-geral, Rodrigo Janot. Com o anúncio da indicação, o presidente manda um recado de que Janot está já no final do seu mandato, com o intento de tirar força da denúncia que o procurador-geral apresentou contra ele por corrupção. O que é pouco provável, uma vez que o presidente denunciado está muito fragilizado e caminhando na corda bamba sem sombrinha.   

Se Raquel Dodge fizer a opção errada, ela jogará sua biografia no lixo da história e o país inteiro irá execrá-la. Pela sua brilhante e até aqui irretocável biografia, espera-se que a nova procuradora-geral da república, ao assumir o comando da PGR no mês de setembro, haja com absoluta isenção e comprometida como um futuro digno para este país. Hoje tão avacalhado, por obra e graça da sua classe política e dirigente.

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