“Ê, ô, ô, vida
de gado Povo marcado, ê! Povo feliz! Ê, ô, ô, vida de gado Povo marcado, ê! Povo
feliz!”. (Zé Ramalho)
Na
Roma antiga, a política do Pão e circo (panem et
circenses, no original em Latim) como ficou conhecida, era o modo com o qual os
líderes romanos lidavam com a população em geral, para mantê-la fiel à
ordem estabelecida e conquistar o seu apoio.
O que difere a política do Pão e Circo, da política Só do Circo, é a ausência do pão que
ajuda o corpo a se manter de pé. Hoje, na idade Contemporânea ou da Contemporaneidade,
os nossos governantes, via de regra, para manter o povo entretido (alienado) e
sem encarar a realidade, vivem de promover festas e espetáculos nas épocas convenientes
(nos festejos) do ano. Festas e espetáculos que o povo no mais das vezes, comparece
de barriga vazia, só para satisfazer a vontade do príncipe de plantão que
governa seus súditos como se fossem “nobres” a quem o vassalo deve um juramento
de absoluta fidelidade.
Na região Nordeste, onde a miséria é
mais evidente, a maioria dos prefeitos lançam mão desse expediente para manter
o povo domesticado, grato e submisso. Um povo mantido na mais completa
ignorância, porque na condição de eterno ignorante, o povo é massa de manobra, eleitor gado, alguém sem personalidade e
sem vontade própria. Alguém que é conduzido e que se deixa conduzir.
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