segunda-feira, 3 de julho de 2017

Maria Preta no céu




Uma mulher de sorriso largo, uma mulher de sorriso e alegria cativante, uma mulher com um sorriso do tamanho do mundo, um sorriso como que de aceitação e acolhimento.

Maria Preta surgiu na nossa ‘Estiva em São Luís do Maranhão’ e ninguém sabe, pelo menos eu, sobre sua origem e o seu nome próprio. Joaquim Arouche Souza, talvez saiba. Mas, isso nunca teve importância, porque o que importava mesmo em Maria Preta era o seu coração imenso - que acolhia a todos como se todos fossem da sua família consanguínea.   

Maria Preta tinha pela família Arouche/Souza, uma grande e sincera amizade. Uma amizade reciproca. A nossa família nutria por Maria Preta um sentimento que muito se aproximava dos laços familiares. Se aproximava, porque hoje ela não existe mais neste plano, porque desde ante ontem ela foi morar no andar de cima. Os católicos, diriam, foi morar com Deus.

Com quem ela foi morar não importa, porque o mais importante é acrditarmos que ela hoje repousa em
paz, fora deste Vale de Lágrimas. Isso é o que nós os seus irmãos lhe desejamos.

Hoje, as nossas vidas estão mais tristes, porque em lugar da lembrança do sorriso largo, acolhedor e de aceitação que Maria Preta sempre estampava no rosto, existe uma saudade imensa.

Para todos nós, o nome Maria Preta era um tratamento carinhoso e afetuoso. Um nome do qual ela se orgulhava muito.

Severino Neto

Irene no céu

Irene preta
Irene boa
Irene sempre de bom humor.

Imagino Irene entrando no céu:
— Licença, meu branco!
E São Pedro bonachão:
— Entra, Irene. Você não precisa pedir licença. (Manuel Bandeira)

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