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Papa Paulo VI de saudosa memória
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“Como
Jesus ‘chacoalhava’ os doutores da lei para que saíssem da inércia, agora
também a Igreja é ‘chacoalhada’ pelo Espírito para que deixe sua zona de
conforto e seus apegos”. (Papa
Francisco)
A Igreja Católica, que através da Teologia da Libertação
desempenhou um papel muito importante na redemocratização do Brasil e no fim de
muitos regimes ditatoriais na América do Sul, com a ascensão do Papa João Paulo
II ao trono do Palácio de São Pedro em Roma, deu um passo atrás e abandonou a
opção preferencial pelos pobres (o evangelho de apelo social), para se voltar
quase que exclusivamente para o apostolado. Para a missão evangelizadora e à
propagação da doutrina.
A Igreja Católica que se apoiava nas Comunidades Eclesiais
de Base (CEBs), na Ação Católica Operária (ACO) e na Juventude Universitária
Católica (JUC), essa deu lugar à Igreja Católica de orientação Carismática e
outros movimentos religiosos que cuidam exclusivamente da salvação da alma e da
ajuda aos pobres com esmolas, deixando de lado o caráter social de igreja
libertadora e de igreja revolucionária. De uma igreja nova que surgiu com a Teologia da libertação, uma corrente teológica cristã nascida
na América Latina, depois do Concílio Vaticano II e da Conferência de Medellín.
Uma Igreja em sintonia com o evangelho que cuida da alma, mas também do
corpo e que liberta os oprimidos.
“O Evangelho é a boa
nova, nova vida do cristão, Quem pratica a injustiça, não tem Deus no coração. Nós
cantamos: Aleluia, meu irmão, aleluia, aleluia, Cristo é libertação”.
O que o Papa Francisco pediu à sua igreja quando da sua
visita à Colômbia, foi que essa Igreja passe a ser mais participativa, ou seja,
volte a ser uma igreja atuante na defesa dos mais pobres, dos excluídos e dos
menos favorecidos. O papa Francisco ao pedir que a Igreja Católica abandone sua
área de conforto e o seu estado de inércia, ele quer que a Igreja se volte para
as questões sociais e se coloque ao lado dos mais fracos.

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