terça-feira, 12 de setembro de 2017

Ministro da Justiça tenta desqualificar o MPF




O ministro da Justiça de Michel Temer, Torquato Jardim, tenta desqualificar o Ministério Público Federal (MPF) ao considerar esse ministério pouco qualificado para conduzir acordos de colaboração premiada, ao mesmo tempo que tenta livrar o seu benfeitor, o presidente da república, de qualquer ligação com o suplente de deputado federal Rodrigo Rocha Loures, o homem da mala. Rodrigo Rocha Loures, um ex-assessor especial do presidente Michel Temer, fotografado conduzindo uma mala com 500 mil reais, fruto de propina, segundo o doador do dinheiro.

Torquato Jardim ao ser questionado sobre a prisão de outro ex-assessor de Temer, o baiano Geddel Vieira Lima, supostamente dono de quase 52 milhões de reais e dólares encontrado num apartamento na cidade de Salvador, que segundo o seu proprietário foi emprestado ao ex-ministro de Relações Institucionais do governo Temer, disse o seguinte: “Não tem nada a ver. Nem a denúncia consegue fazer a relação. É mera ilação. Eu diria até indigna com o presidente.” Essa defesa do presidente da república feita pelo seu colaborador é própria de quem foi escolhido ministro da Justiça, não por mérito próprio, mas por um ato de bondade de parte de Sua Excelência, com o fito de ser retribuído também com gestos de reciprocidade, quando isso se fizer necessário. E pelo visto, a gratidão começa a ser praticada.

A propósito, o ministro da Justiça Torquato Jardim vive insinuando que quer trocar o comando da Polícia Federal (PF), mas na mesma entrevista em que desanca o MPF, ele diz que não processará mudança na PF e que só trocará o comando da Policia Federal quando o atual Diretor Geral Leandro Daiello pedir para sair. O que não acontecerá, porque o chefe da Policia Federal não dará esse prazer ao ministro. “Se ele quiser se livrar de mim, que me demita”. Esse é o ânimo de Leandro Daiello que conta com o apoio de mais de 90% do efetivo dessa importante instituição.     

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