“A quem devemos obediência?
Ao temor, meu senhor, pois quem me domina é o medo”. (Paulo Afonso Grisolli)
Como o medo surgiu na vida do ser humano? Através das
religiões, porque o medo é o instrumento mais eficaz utilizado e fundamental
que as religiões usam como uma forma de convencimento dos seus potenciais
seguidores.
O medo do inferno, o medo do juízo final e da não
possibilidade do homem conquistar o paraíso celestial, são os meios mais utilizados
pelos pastores, apóstolos e missionários para conquistar seguidores para as
suas respectivas religiões ou seitas. O medo da morte em pecado é o meio mais
utilizado pelas igrejas e seitas para a conversão de pessoas em pecados.
O homem conquista a sua maior vitória, quando consegue
deixar de temer à morte. A morte que faz parte de um processo natural da vida
humana, que começa com o nascimento, passando pelo crescimento e culminando com
a morte, o nosso ato final sobre a Terra. Será que antes do surgimento das
religiões ocidentais, o homem temia à morte? É pouco provável, uma vez que os
orientais não acreditam no Deus das religiões cristãs, uma trindade, ou seja,
com três características básicas: onipotente, onipresente e onisciente. Os
orientais não conhecem esse Deus, mas um sem número de deuses. Deus do milho,
deus do arroz, deus da chuva, deus da tempestade e etc.
O homem no seu existir convive com medos concretos e medos
imaginários. O medo concreto é o medo derivado de um perigo iminente, já o medo
imaginário, é objeto da própria imaginação do homem. O medo concreto não é mal,
muito pelo contrário, ele funciona como um tipo de alerta para que ele possa
evitar o perigo, como por exemplo, caminhar sobre um campo minado. Enquanto que
o medo que é fruto da nossa imaginação é ruim, porque pode ser a manifestação
de um grave problema de natureza psíquicosomática.
O medo da perda do emprego é considerado o mal do
século, porque na sociedade moderna, o homem é muito dependente do emprego
formal que lhe oferece alguma segurança e garantia ao trabalhador.
Como vencer o medo? A forma mais fácil é eliminar as
crendices, os mitos e as crenças infundadas. O medo da morte, por exemplo, esse
deve ser trabalhado para que ele não nos paralise. O medo do desemprego, esse
sim é terrível, mas a pessoa tem que ter claro na sua mente que ele é
provisório.
Temer o juízo final, a perda do paraíso ou a
condenação eterna, é uma bobagem, porque tudo isso é uma fantasia criada pelas
religiões e seitas como uma forma de convencimento, conversão e consequente dominação.
O estudo da filosofia é um importante meio para que o
homem se liberte totalmente ou parcialmente do medo. A filosofia destrói as crendices,
as crenças, os ídolos e as fantasias organizadas.
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