quinta-feira, 11 de janeiro de 2018

Vencer o medo é a nossa maior batalha



A quem devemos obediência? Ao temor, meu senhor, pois quem me domina é o medo”. (Paulo Afonso Grisolli)

Como o medo surgiu na vida do ser humano? Através das religiões, porque o medo é o instrumento mais eficaz utilizado e fundamental que as religiões usam como uma forma de convencimento dos seus potenciais seguidores.

O medo do inferno, o medo do juízo final e da não possibilidade do homem conquistar o paraíso celestial, são os meios mais utilizados pelos pastores, apóstolos e missionários para conquistar seguidores para as suas respectivas religiões ou seitas. O medo da morte em pecado é o meio mais utilizado pelas igrejas e seitas para a conversão de pessoas em pecados.

O homem conquista a sua maior vitória, quando consegue deixar de temer à morte. A morte que faz parte de um processo natural da vida humana, que começa com o nascimento, passando pelo crescimento e culminando com a morte, o nosso ato final sobre a Terra. Será que antes do surgimento das religiões ocidentais, o homem temia à morte? É pouco provável, uma vez que os orientais não acreditam no Deus das religiões cristãs, uma trindade, ou seja, com três características básicas: onipotente, onipresente e onisciente. Os orientais não conhecem esse Deus, mas um sem número de deuses. Deus do milho, deus do arroz, deus da chuva, deus da tempestade e etc.  

O homem no seu existir convive com medos concretos e medos imaginários. O medo concreto é o medo derivado de um perigo iminente, já o medo imaginário, é objeto da própria imaginação do homem. O medo concreto não é mal, muito pelo contrário, ele funciona como um tipo de alerta para que ele possa evitar o perigo, como por exemplo, caminhar sobre um campo minado. Enquanto que o medo que é fruto da nossa imaginação é ruim, porque pode ser a manifestação de um grave problema de natureza psíquicosomática.

O medo da perda do emprego é considerado o mal do século, porque na sociedade moderna, o homem é muito dependente do emprego formal que lhe oferece alguma segurança e garantia ao trabalhador.

Como vencer o medo? A forma mais fácil é eliminar as crendices, os mitos e as crenças infundadas. O medo da morte, por exemplo, esse deve ser trabalhado para que ele não nos paralise. O medo do desemprego, esse sim é terrível, mas a pessoa tem que ter claro na sua mente que ele é provisório.

Temer o juízo final, a perda do paraíso ou a condenação eterna, é uma bobagem, porque tudo isso é uma fantasia criada pelas religiões e seitas como uma forma de convencimento, conversão e consequente dominação.

O estudo da filosofia é um importante meio para que o homem se liberte totalmente ou parcialmente do medo. A filosofia destrói as crendices, as crenças, os ídolos e as fantasias organizadas.  

por Tomazia Arouche

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