O que para
muitos analistas e jornalistas políticos representa um problemão, para o governador
Wellington Dias, significa um fator muito importante para sua reeleição. É o que
veremos na hora da formação da coligação liderada pelo Partido dos Trabalhadores
(PT), quando o governador vai ter que acomodar os seus aliados e administrar interesses
conflitantes.
O deputado
federal Marcelo Castro (PMDB-PI), disse ontem numa entrevista concedida ao
canal teresinense Cidade Verde, que não considera lógico um partido ocupar duas
vagas na chapa encabeçada pelo governador. Esse recado foi enviado ao PT e ao
Partido Progressista (PP), que pretendem emplacar dois nomes numa coligação que
se pretende a maior possível.
O argumento
de Marcelo Castro tem muita lógica, porque assim sendo, o MDB não teria espaço
numa coligação que pretende ser a mais ampla possível. E é ai que reside o
perigo para a coligação do senhor governador, pois ocorre que para o lado que o
MDB pender, aumenta a chance de vitória da coligação.
O PP por sua
vez faz um discurso de conciliação, mas elenca alguns fatores que favorecem o
seu partido na hora do governador fazer suas escolhas. Leiam o que disse o presidente
do diretório estadual do PP, o deputado estadual Júlio Arcoverde: “Não seremos empecilho para nenhum acordo do
governador”. Mas, faz uma ressalva: “Não
tem briga, cada partido está buscando seu espaço. Eu acredito que o governador
vai ter maturidade suficiente, a inteligência para saber quem vai ser o melhor companheiro
de chapa”.
Essa afirmação
feita por Júlio Arcoverde, onde ele diz que não vai ter briga na montagem da
chapa, não passa de uma frase de efeito, porque o PP precisa indicar dois nomes
para que não aconteça um racha na base dos progressistas, a não ser que o
senador Ciro Nogueira abra mão da indicação do vice na chapa de Wellington Dias,
para garantir sua reeleição, o que lhe dará imunidade parlamentar, algo que
Ciro vai precisar muito em 2019.

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