“É óbvio que
as novas tecnologias geram emprego, mas não na quantidade necessária, para que
o homem não se torne obsoleto. Só as pessoas brutas e mal intencionadas são
capazes e não enxergam essa cruel e triste realidade”. (Tomazia
Arouche)
“Enquanto a
automatização reduz o número de empregos dependentes da força física, a
inteligência artificial evolui a ponto de assumir ocupações tipicamente
humanas. Isso pode ser mais preocupante do que reconfortante”. (Ana Carolina Nunes)
O neoludismo ou novo
ludismo é uma corrente filosófica que se opõem ao desenvolvimento tecnológico e
científico da sociedade moderna. Esse termo se aplica as pessoas que tem fobia
a tecnologia. Geralmente se associa esse aos luditas britânicos, movimento ativo
entre 1811 e 1817. Tanto os luditas como os neoluditas se preocupam com o
impacto tecnológico sobre os indivíduos, suas comunidades e o meio ambiente. O
neoludismo menos radical do que o ludismo, exige que as novas tecnologias sejam
testadas e seguras antes de serem adotadas pela sociedade, devido aos efeitos
desconhecidos que a implementação dessas tecnologias poderia trazer.
O emprego de novas tecnologias sem nenhum critério
como meios de produção, sem levar em consideração os efeitos que elas
produzirão sobre o trabalho humano, acabará fatalmente tornando o homem
obsoleto e sem um lugar no mundo.
É comum dizermos que a tecnologia nos torna a
vida mais fácil. O processo de automatização do setor industrial permite-nos comprar produtos mais baratos.
Mas também levanta a grande questão: será que, no futuro, os robôs e
computadores vão tirar os postos de trabalho aos humanos? Que lugar terão os
humanos na sociedade e na economia? A substituição do homem pela máquina vem
acontecendo de maneira acelerada e preocupante. Em nome da produtividade e do
lucro, o empresário não tem nenhum pudor em optar pela máquina em detrimento do
humano.
“Os métodos
de trabalho conheceram uma evolução drástica desde a Revolução Industrial do
início do século 19, um fenômeno que lançou as bases do mercado de trabalho.
Passamos para a produção em massa, assistimos ao aumento da procura global por
vagas e criação de emprego e ao surgimento da classe média. Hoje em dia,
vivemos a Quarta Revolução Industrial e chegou a hora de tomar decisões sobre o
caminho que deveremos realmente seguir. Priorizando o homem ou a máquina”.
Sete em cada dez trabalhadores europeus precisam ter competências digitais. Um em cada três não tem qualquer conhecimento na área, e metade das
pessoas em atividades pouco qualificadas não trabalham com tecnologia.
Estima-se que 9% do emprego no mundo desenvolvido esteja prestes a
tornar-se automatizado. Um em cada quatro postos de trabalho, está a transitar
para o mundo digital, numa lógica de obter cada vez mais produtividade. Hoje, na indústria automobilística brasileira, só cinco por cento da
linha de montagem é executada pelo homem.
Sem que seja firmado um pacto entre o mundo
corporativo e o governo no sentido do emprego da máquina na atividade laboral,
o homem vai acabar se transformando em vigia de máquina ou completamente
obsoleto.
O capitalismo vive uma nova contradição,
porque ao mesmo tempo que estimula o uso da máquina (robô e computador), joga
contra os interesses do mercado consumidor, uma vez que à máquina não consome.
E não resta dúvida que o consumo é a alma do próprio capitalismo. Sem consumo,
ninguém compra, ninguém vende e ninguém produz. Numa palavra, não há emprego. Com colaboradores
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