Se enganam
os políticos que ao se verem alçados a um cargo eletivo, confundem o poder
público, com o poder individual. O poder de uma pessoa só, que tudo pode e que
tudo determina. Esse poder é bom que fique bastante claro, não é o poder que emana
do povo, mas um poder ditatorial (o poder dos caciques e dos coronéis da
política), o poder de uma só pessoa ou de uma família.
Esse tipo de
poder é muito comum na América do Sul e nos países da América Central, como a
Nicarágua de Anastácio Somoza, El Salvador de Napoleão Duarte e o Chile do
general Augusto Pinochet. Países que retratam muito bem esta nossa triste
realidade. Aqui no Brasil, essa pratica política deixou de existir com a
eleição de Tancredo Neves que não chegou a assumir o governo, cuja orientação
foi seguida ao pé da letra pelo seu sucessor, o maranhense José Sarney que teve
a difícil missão de fazer a transição de um regime de exceção para um regime
ampla liberdade ou liberdade irrestrita.
Mas, embora
o Brasil seja hoje um país que vive sob um regime democrático, ainda perduram
focos de regimes de capitanias hereditárias, onde o prefeito é um tipo de
senhor feudal, todo poderoso, já que prevalece sobre o Poder Legislativo, não
obstante esse poder constitucionalmente ser independente. No Brasil o Poder
Legislativo só em tese é um poder independente.
Quando
comparamos o prefeito brasileiro aos antigos donatários é porque na realidade
os nossos prefeitos, sobretudo nos grotões e no brasil profundo, podem tudo e
nunca passa pela cabeça da maioria deles que o poder emana do povo e por ele
deve ser exercido. Pelo menos é o que diz os verdadeiros princípios
democráticos. Mas, infelizmente isso para nós não passa de uma utopia.
Este texto
foi publicado originalmente pelo Jornal
Correio Livre, o primeiro jornal impresso a circular no município de São
Raimundo Nonato, na década de 80, mais precisamente no ano de 1989, sob a
direção do jornalista Severino Neto, do estudante de jornalismo da Universidade
Estadual da Paraíba, Cesário Neto e do aprendiz de fotografia Israel Barreto de
Negreiros Filho.
Se enganam
os políticos que ao se verem alçados a um cargo eletivo, confundem o poder
público, com o poder individual. O poder de uma pessoa só, que tudo pode e que
tudo determina. Esse poder é bom que fique bastante claro, não é o poder que
emana do povo, mas um poder ditatorial (o poder dos caciques e dos coronéis da
política), o poder de uma só pessoa ou de uma família.
Esse tipo de
poder é muito comum na América do Sul e nos países da América Central, como a
Nicarágua de Anastácio Somoza, El Salvador de Napoleão Duarte e o Chile do
general Augusto Pinochet. Países que retratam muito bem esta nossa triste
realidade. Aqui no Brasil, essa pratica política deixou de existir com a
eleição de Tancredo Neves, que não chegou a assumir o governo, cuja orientação
foi seguida ao pé da letra pelo seu sucessor, o maranhense José Sarney que teve
a difícil missão de fazer a transição de um regime de exceção para um regime de
ampla liberdade ou liberdade irrestrita.
Mas, embora
o Brasil seja hoje um país que vive sob um regime democrático, ainda perduram focos
de regimes de capitanias hereditárias, onde o prefeito é um tipo de senhor
feudal, todo poderoso, já que prevalece sobre o Poder Legislativo, não obstante
esse poder constitucionalmente ser independente. No Brasil o Poder Legislativo
só em tese é um poder independente.
Quando
comparamos o prefeito brasileiro aos antigos donatários é porque na realidade
os nossos prefeitos, sobretudo nos grotões e no brasil profundo, podem tudo e
nunca passa pela cabeça da maioria deles que o poder emana do povo e por ele
deve ser exercido. Pelo menos é o que diz os verdadeiros princípios
democráticos. Mas, infelizmente isso para nós não passa de uma utopia.
Este texto
foi publicado originalmente pelo Jornal
Correio Livre, o primeiro jornal impresso a circular no município de São
Raimundo Nonato, na década de 80, mais precisamente no ano de 1989, sob a
direção do jornalista Severino Neto.
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