terça-feira, 8 de maio de 2018

“O povo é o poder”



Se enganam os políticos que ao se verem alçados a um cargo eletivo, confundem o poder público, com o poder individual. O poder de uma pessoa só, que tudo pode e que tudo determina. Esse poder é bom que fique bastante claro, não é o poder que emana do povo, mas um poder ditatorial (o poder dos caciques e dos coronéis da política), o poder de uma só pessoa ou de uma família.   

Esse tipo de poder é muito comum na América do Sul e nos países da América Central, como a Nicarágua de Anastácio Somoza, El Salvador de Napoleão Duarte e o Chile do general Augusto Pinochet. Países que retratam muito bem esta nossa triste realidade. Aqui no Brasil, essa pratica política deixou de existir com a eleição de Tancredo Neves que não chegou a assumir o governo, cuja orientação foi seguida ao pé da letra pelo seu sucessor, o maranhense José Sarney que teve a difícil missão de fazer a transição de um regime de exceção para um regime ampla liberdade ou liberdade irrestrita.

Mas, embora o Brasil seja hoje um país que vive sob um regime democrático, ainda perduram focos de regimes de capitanias hereditárias, onde o prefeito é um tipo de senhor feudal, todo poderoso, já que prevalece sobre o Poder Legislativo, não obstante esse poder constitucionalmente ser independente. No Brasil o Poder Legislativo só em tese é um poder independente.

Quando comparamos o prefeito brasileiro aos antigos donatários é porque na realidade os nossos prefeitos, sobretudo nos grotões e no brasil profundo, podem tudo e nunca passa pela cabeça da maioria deles que o poder emana do povo e por ele deve ser exercido. Pelo menos é o que diz os verdadeiros princípios democráticos. Mas, infelizmente isso para nós não passa de uma utopia.

Este texto foi publicado originalmente pelo Jornal Correio Livre, o primeiro jornal impresso a circular no município de São Raimundo Nonato, na década de 80, mais precisamente no ano de 1989, sob a direção do jornalista Severino Neto, do estudante de jornalismo da Universidade Estadual da Paraíba, Cesário Neto e do aprendiz de fotografia Israel Barreto de Negreiros Filho.

Se enganam os políticos que ao se verem alçados a um cargo eletivo, confundem o poder público, com o poder individual. O poder de uma pessoa só, que tudo pode e que tudo determina. Esse poder é bom que fique bastante claro, não é o poder que emana do povo, mas um poder ditatorial (o poder dos caciques e dos coronéis da política), o poder de uma só pessoa ou de uma família.   

Esse tipo de poder é muito comum na América do Sul e nos países da América Central, como a Nicarágua de Anastácio Somoza, El Salvador de Napoleão Duarte e o Chile do general Augusto Pinochet. Países que retratam muito bem esta nossa triste realidade. Aqui no Brasil, essa pratica política deixou de existir com a eleição de Tancredo Neves, que não chegou a assumir o governo, cuja orientação foi seguida ao pé da letra pelo seu sucessor, o maranhense José Sarney que teve a difícil missão de fazer a transição de um regime de exceção para um regime de ampla liberdade ou liberdade irrestrita.

Mas, embora o Brasil seja hoje um país que vive sob um regime democrático, ainda perduram focos de regimes de capitanias hereditárias, onde o prefeito é um tipo de senhor feudal, todo poderoso, já que prevalece sobre o Poder Legislativo, não obstante esse poder constitucionalmente ser independente. No Brasil o Poder Legislativo só em tese é um poder independente.

Quando comparamos o prefeito brasileiro aos antigos donatários é porque na realidade os nossos prefeitos, sobretudo nos grotões e no brasil profundo, podem tudo e nunca passa pela cabeça da maioria deles que o poder emana do povo e por ele deve ser exercido. Pelo menos é o que diz os verdadeiros princípios democráticos. Mas, infelizmente isso para nós não passa de uma utopia.

Este texto foi publicado originalmente pelo Jornal Correio Livre, o primeiro jornal impresso a circular no município de São Raimundo Nonato, na década de 80, mais precisamente no ano de 1989, sob a direção do jornalista Severino Neto.

Nenhum comentário: