O Brasil, um país que tem tudo para ser uma nação, mas que não passa
de ajuntamento, onde ninguém acredita em ninguém e o único sentimento que une o
povo brasileiro é o do amor pelo futebol. Já foi maior esse sentimento, mas ele
ainda leva multidões às ruas de todo o país quando a seleção brasileira entra em
campo. Parece até um sentimento meio doentio, porque este povo não tem nenhum
motivo para torcer por uma seleção, cujos integrantes, são os mais bem pagos do
mundo e o salário do trabalhador comum é de miséria.
É muito importante fazer uma ressalva, porque as nossas elites têm
motivo de sobra para andar rindo à toa, uma vez que o brasileiro que está no
topo da pirâmide percebe salários maiores até do que os integrantes das elites
de países de primeiro mundo.
Nós os brasileiros vivemos em dois brasis: um Brasil com características
de país de primeiro mundo e um Brasil com características subsaarianas. Nas
capitais brasileiras é muito fácil identificar esses dois mundos. Quem nunca ouviu
falar de periferia e áreas nobres nas capitais?
Nas camadas sociais ricas, a guerra civil que está se desenrolando
no país inteiro (na periferia) só é vista pelas imagens produzidas pelas emissoras
de televisão. Elas estão a salvo, porque a riqueza as proteges.
Por Joachim Arouche
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