sexta-feira, 10 de agosto de 2018

O cabo eleitoral é um trabalhador remunerado


Se alguém aparecer na sua residência tentando convencê-lo a votar nesse ou naquele candidato, esse é o cabo eleitoral. Dispense-o, com boas maneiras, é claro, porque você não precisa de ninguém para ensiná-lo a votar. Isso vale também para o sargento eleitoral, alguém que se julga o líder do pedaço.

O serviço desempenhado pelo cabo eleitoral é temporário, mas representa uma fonte de renda para o homem e a mulher desempregados. Em comum, a militância assalariada informal tem a situação de desemprego antes das eleições, a baixa escolaridade e a experiência com o trabalho no período eleitoral.  

A contratação do cabo eleitoral é legal, prevista em lei, no Artigo 100 da Lei 9.504/97. Ao cabo eleitoral entre outas funções, cabe convencer o potencial eleitor a votar no candidato a quem presta serviços.

Nas campanhas políticas no território nacional, o cabo eleitoral, obedecendo a uma ordem hierárquica, não presta serviços ao próprio candidato, mas, aos chefes políticos, pessoas que se consideram líderes municipais e líderes comunitários. Esses supostos líderes funcionam como elo de ligação entre o candidato e o eleitor. Desnecessário dizer que aquele que se arvora de ‘líder’, negocia os votos do eleitor’ diretamente com o candidato e em condições muito melhores do que negociaria o cabo eleitoral propriamente dito.

Neste momento o que se ouve mais no município de São Raimundo Nonato são conversas sobre quem o membro da família A e o membro da família B vai apoiar. Apoiar na realidade é um eufemismo, porque na realidade trata-se de trabalhar por esse ou aquele candidato. Trabalhar significa ser remunerado pelo serviço prestado. É óbvio que na política existe o trabalho voluntário, mas, isso só ocorre com candidatos de matizes ideológicas de esquerda.      

O cabo eleitoral, assim como o trabalhador mais graduado da política, trabalha em troca de algum tipo de vantagem. Agora, cabe ao eleitor consciente, não permitir que o cabo ou sargento eleitoral tentem lhe convencer de que devem votar no candidato representado por eles.

O cabo eleitoral ‘graduado’, via de regra, terceiriza o serviço contratado com o candidato. Em tempo: o voto por ser secreto dispensa o papel do intermediário. 


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