Se alguém aparecer na sua residência tentando convencê-lo a votar
nesse ou naquele candidato, esse é o cabo eleitoral. Dispense-o, com boas
maneiras, é claro, porque você não precisa de ninguém para ensiná-lo a votar.
Isso vale também para o sargento eleitoral, alguém que se julga o líder do
pedaço.
O serviço desempenhado pelo cabo eleitoral é temporário, mas
representa uma fonte de renda para o homem e a mulher desempregados. Em comum, a
militância assalariada informal tem a situação de desemprego antes das
eleições, a baixa escolaridade e a experiência com o trabalho no período
eleitoral.
A contratação do cabo eleitoral é legal, prevista em lei, no
Artigo 100 da Lei 9.504/97. Ao cabo eleitoral entre outas funções, cabe
convencer o potencial eleitor a votar no candidato a quem presta serviços.
Nas campanhas políticas no território nacional, o cabo eleitoral,
obedecendo a uma ordem hierárquica, não presta serviços ao próprio candidato,
mas, aos chefes políticos, pessoas que se consideram líderes municipais e
líderes comunitários. Esses supostos líderes funcionam como elo de ligação
entre o candidato e o eleitor. Desnecessário dizer que aquele que se arvora de ‘líder’,
negocia os votos do eleitor’ diretamente com o candidato e em condições muito
melhores do que negociaria o cabo eleitoral propriamente dito.
Neste momento o que se ouve mais no município de São Raimundo
Nonato são conversas sobre quem o membro da família A e o membro da família B
vai apoiar. Apoiar na realidade é um eufemismo, porque na realidade trata-se de
trabalhar por esse ou aquele candidato. Trabalhar significa ser remunerado pelo
serviço prestado. É óbvio que na política existe o trabalho voluntário, mas,
isso só ocorre com candidatos de matizes ideológicas de esquerda.
O cabo eleitoral, assim como o trabalhador mais graduado da
política, trabalha em troca de algum tipo de vantagem. Agora, cabe ao eleitor
consciente, não permitir que o cabo ou sargento eleitoral tentem lhe convencer
de que devem votar no candidato representado por eles.
O cabo eleitoral ‘graduado’, via de regra, terceiriza o serviço contratado com o candidato. Em tempo: o voto
por ser secreto dispensa o papel do intermediário.
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