No Brasil, a corrupção e a impunidade andam de braços dados, pois
ocorre que os corruptos apostam na impunidade para continuarem corrompendo.
Acontece que a morosidade da justiça brasileira, em muitos casos, permite que o
corrupto político nunca seja julgado e condenado no exercício do mandato.
Além da morosidade do julgamento das pessoas acusadas de
corrupção, existe um outro problema na justiça que favorece os corruptos
contumazes, que são as inúmeras brechas nos processos que ajudam os criminosos
a se livrarem sempre das condenações, com a ajuda de um bom escritório de
advocacia, é claro!
Para o procurador da república e um dos coordenadores da Operação
Lava Jato, Deltan Dallagnol,
enquanto as brechas estiverem abertas, a luta contra à corrupção equivale a
“enxugar gelo” (drying ice).
Enquanto a Operação Lava Jato investe na moralidade e na decência,
do outro existem brasileiros que investem contra essa operação redentora e
moralizadora. O corrupto no entendimento do pessoal da Operação Lava Jato deve
ser julgado com mais rigor, com penas mais duras, para que isso sirva de
exemplo para aqueles que saqueiam o país, sob o manto protetor do foro por
prerrogativa de função ou foro privilegiado, como queiram.
No Brasil, os maus exemplos partem sempre do andar de cima. Não é à
toa que presidentes e ex-presidentes da república sofrem impeachment e são investigados
sob suspeitas de desvio de conduta. Esse é o país que nós entregaremos aos nossos
netos? Se nada for feito no sentido de moralizar este país, é esse o país que
os nossos netos herdarão. Um país onde as suas autoridades não são levadas à
sério.
“No Brasil, quem não é
canalha na véspera é canalha no dia seguinte”. (Fase do dramaturgo, escritor
e jornalista pernambucano Nelson Rodrigues).
É óbvio que existem as honrosas exceções.
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