II.
Uma flor nasceu dentro da noite.
A musa-flor que embeleza o horizonte,
Intensa cor que invade os olhos,
Longevo Cosmos que trago ao peito.
Logo eu, cavaleiro do destino,
A navegar o oceano dos teus segredos.
Em minha face um leve gesto,
Brilho solar, sinal ameno
De um verso guardado
Num canto qualquer
Do imaginário.
Canta o vento uma balada agora.
E a noite, que nos acolhe e acalma,
Esvai-se, como num espasmo,
Escorrendo no fulgor da hora.
Então vê, esplêndida dama!
O futuro nos inspira ao voo
E nos consola o presente.
Vê como é intensa a vida!
Imprevisível! Fogo sem fim!
Quero provar da tua paz
Vertida em auroras.
Contemplar a flor primaz
Da tua doce aparição.
Vem raiando a madrugada,
Mas há música ainda em tua alma
E um desejo imenso de luzir.
Símbolos atávicos gritam e dançam,
Sem recato, ao nosso redor.
Festejam a vida, exaltam a noite,
Proclamam promessas,
Incensam a flor.
Rogério Rocha é um poeta maranhense, nascido em São Luís do Maranhão.
Siga os blogs Diário do Homem Americano e Dom Severino no Twitter, no Face book e no Google.
Nenhum comentário:
Postar um comentário