Celso
Antônio de
Menezes (Caxias-MA 1896 - Rio de Janeiro RJ 1984). Escultor, professor. Ainda
na juventude, em 1913, transfere-se para o Rio de Janeiro, estuda na Escola
Nacional d Belas Artes e frequenta o ateliê de Rodolfo Bernardelli (1852-1931) Contemplado
com bolsa de estudo do governo do Maranhão, pela escultura Primeira Mágoa, então viaja para Paris, onde permanece entre 1923 e 1926. Torna-se discípulo e depois auxiliar de Antoine Bourdelle (1861 -
1929)
.
Regressa
ao Brasil em 1926 e passa a residir na capital paulista. Entre outras
encomendas, executa o Monumento
ao Café, em
Campinas, e diversas esculturas para túmulos em São Paulo. Muda-se para o
Rio de Janeiro em 1930. A convite de Lúcio Costa (1902- 1998), assume por
alguns anos a cadeira de estatuária na Enba. Em 1934, passa a lecionar
escultura monumental e de salão no Instituto de Artes da antiga Universidade do
Distrito Federal - UDF, na qual são também professores Candido Portinari
(1903-1962)
e Georgina de Albuquerque (1885-1962), entre outros.
De
volta ao Brasil, realiza em 1927 o Monumento
Comemorativo do Centenário do Café no Brasil, constituído por relevos de
bronze de um cafeeiro adulto e por três figuras - um lavrador negro, uma
lavradora de origem italiana e um estivador - postas sobre um bloco retangular
de granito. Ainda na década de 1920, produz com frequência monumentos
funerários, como as obras para os túmulos do presidente do Estado, Carlos de
Campos (1866 - 1927), na qual figuram as alegorias de bronze da pátria e
da república, e da senhora Lydia
Piza de Rangel Moreira, ambas no Cemitério da Consolação,
em São Paulo. Segundo Walter Zanini, as obras produzidas por Celso Antônio
nesse período têm figuras de formas econômicas e um modelado severo e
conciso, que obedecem a um rigor geométrico.
Análise
Tendo iniciado sua formação com Rodolfo Bernadelli no Rio de Janeiro,
no entanto, é em Paris, como aluno e auxiliar de Antoine Bourdelle (1861 -
1929), que Celso Antônio se aprimora na arte da escultura. Nesse período, o
mestre francês já conquistara uma carreira de destaque na França, figurando
entre os principais nomes da escultura do país, autor de diversos monumentos
públicos, e dedicando-se fundamentalmente à atividade de professor, que
desempenha de maneira inovadora para a época. Com sua supervisão, Celso
Antônio cria uma versão de pedra em grandes proporções do Monumento aos
Mortos da Álsácia.
De volta ao Brasil, realiza em 1927 o Monumento Comemorativo do
Centenário do Café no Brasil, constituído por relevos de bronze de um
cafeeiro adulto e por três figuras - um lavrador negro, uma lavradora de origem
italiana e um estivador - postas sobre um bloco retangular de granito. Ainda na
década de 1920, produz com freqüência monumentos funerários, como as obras para
os túmulos do presidente do Estado, Carlos de Campos (1866 - 1927), na qual
figuram as alegorias de bronze da pátria e da república, e da senhora Lydia
Pza de Rangel Moreira, ambas no Cemitério da Consolação, em São Paulo.
Segundo Walter Zanini, as obras produzidas por Celso Antônio nesse
período têm figuras de formas econômicas e um modelado severo e conciso,
que obedecem a um rigor geométrico.
De 1916 até 1931, expõe diversas vezes no Salão Nacional de Belas Artes
do Rio de Janeiro, e obtém menção honrosa em 1918. Em 1930, em São Paulo,
participa da exposição coletiva com artistas modernistas na Casa de Warchavchik
e, no ano seguinte, no Rio de Janeiro, integra o Salão Revolucionário na Escola
Nacional de Belas Artes-ENBA. Nas décadas de 1930 e 1940, recebe diversas
encomendas oficiais. Para o jardim suspenso do gabinete do ministro Gustavo
Capanema, no edifício do Ministério da Educação e Saúde-MES no Rio de
Janeiro, hoje Palácio Capanema, cria as esculturas de pedra Moça
Reclinada e Maternidade, esta posteriormente transferida para uma praça na
praia de Botafogo.
Como nota a pesquisadora Marta Rossetti Batista, nos nus femininos
produzidos para o Ministério da Educação, Moça Reclinada e Maternidade,
Celso Antônio procura marcar características fisionômicas nas figuras que
remetam a uma representação de brasilidade. Em esculturas
como Cabeça da Moça, de 1952, pertencente ao Museu Nacional de Belas do Rio de
Janeiro, pode-se perceber a preocupação do autor em busca de uma figura de
feições caracteristicamente femininas, que representem a figura mestiça da
mulher cabocla. Também para o ministério, Le Corbusier encomenda-lhe, para os
jardins da entrada do prédio, uma grande escultura que representasse o
homem brasileiro, que não chega a ser concluída. Realiza também, em mármore,
bustos de Capanema e do presidente Getúlio Vargas.
Em Trabalhador Brasileiro, 1945, sua última grande obra pública,
feita para o Ministério do Trabalho, Celso Antônio elege como símbolo a figura
de um homem de feições mulatas, de mãos para trás, o que a torna objeto de uma
polêmica em torno das posições por meio das quais deveria ser representado o
tipo racial brasileiro. A escultura acaba sendo retirada da frente do
Ministério do Trabalho e transferida para o parque Monteiro Lobato, em Niterói,
Rio de Janeiro.
Realiza também cabeça de gesso de Graça Aranha (1868 - 1931), Olavo
Bilac (1865 - 1918), entre outros, e diversas pequenas esculturas de nus
femininos. No acervo do MNBA encontra-se, além da Cabeça de Moça, uma
escultura da cabeça da filha de Roquette Pinto. Nessas obras, que não têm
caráter monumental, verifica-se a atenção do artista aos planos e volumes, e
sua busca da simplicidade das formas. Com a ajuda do Wikipédia
Essa escultura de Celso Antônio de Menezes encontra-se no cemitério da
Consolação na cidade São Paulo.
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O Monumento ao Café encontra-se numa praça na cidade Campinas.
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